
Assim como o HGFF11, que foi incorporado pelo RVBI11, o IRDM11 terá seu portfólio absorvido pelo IRIM11.
Esse movimento faz parte da estratégia da gestão para tentar recuperar, de maneira mais rápida, os grandes prejuízos acumulados na carteira do fundo.
O dia 23/10/2025 será o último dia de negociação do IRDM11. A partir dessa data, todas as compras e vendas estarão suspensas. Os cotistas do fundo terão do dia 28/10/2025 a 26/11/2025 para informar seu preço médio ao administrador, a fim de que todo o trâmite de substituição do fundo seja realizado da melhor forma.
Apenas em dezembro os cotistas receberão as cotas do IRIM11 e estarão livres para negociá-las conforme sua vontade.

A CVC apresentou um trimestre de recuperação sólida, com avanço nas receitas, margens e geração de caixa. As reservas confirmadas somaram R$ 4,1 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período de 2024,impulsionadas pelo bom desempenho das operações no Brasil (+10%) e na Argentina(+37%). A receita líquida cresceu 16%, atingindo R$ 342 milhões, e o EBITDA ajustado avançou 31%, para R$ 92,3 milhões, com margem de 27%. O desempenho reflete maior eficiência operacional e controle de despesas, mesmo com aumento pontual em marketing e meios de pagamento.
O trimestre encerrou com geração de caixa operacional de R$131 milhões, alta de R$ 38 milhões sobre o ano anterior, e prejuízo líquido ajustado de R$ 15,9 milhões, explicado pelas despesas financeiras mais elevadas. A companhia inaugurou 50 novas lojas, priorizando formatos mais ágeis e rentáveis em cidades médias e pequenas. O resultado confirma o processo de reestruturação e retomada da companhia, com sinais claros de melhora estrutural e foco em eficiência.

O RBVA11 já foi um fundo focado unicamente em agências bancárias alugadas para a Caixa Econômica Federal. A partir de 2019, ele passou por uma intensa transformação, que adicionou ao seu regulamento a possibilidade de maior diversificação.
Em nossa primeira análise do fundo, feita em 2022, cerca de 70% da sua receita era proveniente do setor bancário, sendo dividida entre Santander e Caixa.
Na época, além da grande concentração, o fundo também enfrentava problemas para regularizar alguns imóveis, o que nos levou a recomendar sua venda.
Agora, a situação é completamente diferente, pois o fundo melhorou bastante desde a última análise. A dependência do setor bancário foi reduzida para 40% — ainda alta, mas menos desconfortável —, o dividendo tornou-se muito atrativo e os problemas de regularização foram resolvidos.
O RBVA11 segue sendo um fundo de risco mais elevado, pois ainda está em processo de reciclagem de portfólio, mas seu preço já embute uma boa margem de segurança.
Leia a análise completa e entenda se este fundo condiz com seu perfil de investidor.

O RVBI11, a partir do dia 24/10/2025, passará a ter o código PSEC11. A Pátria, após adquirir várias gestoras, está, aos poucos, trazendo sua marca para os FIIs. Esse mesmo movimento foi visto na mudança do nome do CVBI11 para PCIP11.
O timing dessa alteração não foi dos melhores, já que, há menos de uma semana, o RVBI11 incorporou o HGFF11 e o BPFF11. Muitos investidores estão confusos com tantos movimentos relevantes em sequência.
Em resumo, esta nova alteração é apenas de nomenclatura, sem qualquer impacto na estratégia do fundo.
O RVBI11, futuro PSEC11, era um FII de qualidade mediana, mas que, após a incorporação do HGFF11 e do BPFF11, apresenta grande potencial para gerar bons retornos aos seus cotistas.

A Unilever adiou o spin-off de sua divisão de sorvetes, avaliada em cerca de 17 bilhões de dólares, devido à paralisação do governo dos Estados Unidos. O plano previa a separação completa do negócio até novembro, mas o fechamento temporário de órgãos regulatórios americanos interrompeu o processo. A nova empresa, chamada The Magnum Ice Cream Company, reunirá marcas como Ben & Jerry’s, Magnum, Klondike e Talenti, e será a maior companhia do mundo focada exclusivamente em sorvetes, com grande parte da receita vinda do mercado norte-americano.
Segundo executivos, a independência permitirá que a nova empresa concentre seus esforços em inovação, distribuição e fortalecimento da cadeia de suprimentos, sem depender das prioridades de outras marcas da Unilever, como Dove ou Hellmann’s. O segmento de sorvetes, avaliado em mais de 19 bilhões de dólares nos EUA, está cada vez mais competitivo, com produtos que vão de opções premium a versões saudáveis. A expectativa é que o spin-off seja concluído assim que o impasse governamental for resolvido.

O Banco do Brasil iniciou nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, a renegociação de dívidas de produtores rurais com base na Medida Provisória 1.314. A instituição lançou a linha BB Regulariza Agro, com recursos próprios, permitindo liquidar, amortizar ou alongar contratos de custeio, investimento e CPRs, inclusive os que já foram prorrogados ou estão adimplentes. Os prazos podem chegar a nove anos, com até um ano de carência, e a definição do valor a regularizar dependerá do perfil de cada cliente. A parte das operações com recursos subsidiados começará “em breve”. A MP, assinada no início de setembro, libera R$ 12 bilhões para apoiar produtores afetados por eventos climáticos e tende a aliviar a inadimplência no segmento agro do banco.

A Vamos (VAMOS) anunciou uma prévia dos resultados do terceiro trimestre de 2025, com receita líquida recorde de R$1,529 bilhão, alta de 25,2% ante o 3T24. A divisão de locação atingiu R$1,037 bilhão (+11,9% A/A), impulsionada por demanda resiliente, maior ocupação da frota e reajustes de preços em contratos, especialmente com extensões de prazo. As vendas de seminovos somaram R$392,3 milhões (+86,3% A/A), superando em 56% as retomadas de R$251,1 milhões (-31,2% T/T).
O Capex implantado foi de R$1,044 bilhão (+0,8% A/A), com destaque para a compra de veículos 0km (R$776 milhões, -6,9% A/A) e extensões de contratos (R$160,9 milhões, +39,2% A/A). Apesar da margem EBITDA levemente reduzida devido a maiores custos de manutenção e adequações nas equipes comerciais, a companhia reiterou seu Guidance para 2025.

A Ambipar (AMBP3) anunciou um pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, aprovado com urgência pelo conselho de administração, junto com suas afiliadas, incluindo a Ambiental ESG Participações, e iniciou processo de falência sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos, com auxílio da Ambipar Emergency Response. A companhia, com dívida de aproximadamente R$11 bilhões, enfrenta crise de caixa e risco de aceleração de vencimentos, desencadeados por acusações de irregularidades em operações de swap pela diretoria financeira e pela renúncia do ex-diretor financeiro, João de Arruda, substituído por Ricardo Garcia, que acumula relações com investidores.
A empresa apresentou à Justiça um relatório sigiloso de fluxo de caixa, detalhando projeções financeiras para os próximos dois anos e o destino do caixa de R$4,7 bilhões registrado no segundo trimestre, com R$2 bilhões disponíveis imediatamente. Entre os principais credores estão Santander e Banco do Brasil.

A Brava Energia (BRAV3) anunciou um processo de reestruturação organizacional para simplificar processos, otimizar operações, fortalecer a governança e aprimorar a integração entre áreas corporativas e de negócios. A companhia eliminará uma diretoria, consolidando a diretoria financeira com as áreas de finanças, relações com investidores, trading e comercialização.
O conselho recebeu pedidos de renúncia de Rodrigo Pizarro, diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores, e de Pedro Medeiros, diretor de Novos Negócios, Trading e Downstream. Enquanto não for anunciado um novo CFO, o CEO Décio Oddone assumirá interinamente as funções financeiras e de RI, além de liderar definitivamente a área de Novos Negócios. A área de operações Downstream será integrada ao Onshore, sob liderança de Jorge Boeri.

Em 20 de outubro de 2025, a Petrobras informou que assinou com a PPSA um Acordo de Equalização de Gastos e Volumes referente à jazida compartilhada do pré-sal de Jubarte, na Bacia de Campos. Pelo acerto, a Petrobras pagará R$ 1,54 bilhão em parcela única até o fim de outubro. A maior parte desse valor, R$ 1,47 bilhão, já estava registrada como provisão no resultado do 2º trimestre de 2025, o que limita o efeito contábil imediato. Esse tipo de acordo serve para “acertar contas” entre as partes após a definição das participações na jazida: quem produziu mais do que sua fatia reembolsa quem produziu menos, ajustando receitas, investimentos, custos operacionais, royalties e participações especiais do período considerado.
A ANP já havia aprovado, em julho, a divisão final de Jubarte, que ficou com Petrobras em 97,25%, Shell em 0,43%, Brava em 0,198%, ONGC em 0,232% e União (PPSA) em 1,89%. Com essa nova configuração, a Petrobras e os parceiros do campo de Argonauta — Shell, Brava e ONGC — ainda negociam um ajuste semelhante, a ser comunicado quando concluído. Para o investidor, a mensagem principal é de redução de incerteza sobre passivos e ativos de equalização ligados a Jubarte, sem mudança relevante na geração de caixa de curtíssimo prazo, já que a despesa estava majoritariamente prevista.

A Coca-Cola registrou alta de 6% na receita orgânica do terceiro trimestre de 2025, alcançando 12,41 bilhões de dólares, impulsionada principalmente por aumentos de preços médios de 6%. O volume global de vendas em caixas subiu 1%, com destaque para a região da Europa, Oriente Médio e África, onde o avanço foi de 4%. A categoria Coca-Cola Zero Sugar cresceu 14% no trimestre, compensando o recuo em bebidas lácteas e sucos, que caíram 3%. O lucro líquido da companhia aumentou 30%, chegando a 3,69 bilhões de dólares.
Além dos bons resultados, a empresa anunciou a venda de 75% de sua participação na Coca-Cola Beverages Africa para a Coca-Cola HBC, em um acordo avaliado em 2,55 bilhões de dólares, mantendo 25% do controle. A transação deve ser concluída até o fim de 2026 e faz parte da estratégia de refranquia da companhia no continente. Apesar do ambiente global desafiador, a Coca-Cola manteve sua projeção de crescimento para o ano e viu suas ações subirem cerca de 2,6% no pré-mercado.

A SLC Agrícola apresentou um trimestre robusto, com receita líquida de R$ 1,86 bilhão, crescimento de 37,8% sobre o mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelo aumento da produtividade e do volume vendido de soja e milho, que atingiram recordes históricos. O EBITDA ajustado somou R$ 556,6 milhões, alta de 115,6%, refletindo eficiência operacional, ganhos de escala e controle de custos, mesmo em um ambiente climático desafiador.
O lucro líquido foi de R$ 139,8 milhões, recuo pontual em relação ao 2T24 devido à sazonalidade da colheita e efeitos contábeis. No semestre, porém, o lucro acumulado chegou a R$ 650 milhões, alta de 18,2%, com EBITDA total de R$ 1,5 bilhão. A companhia reportou produtividade recorde nas lavouras e anunciou a incorporação da Sierentz Agro, que adicionará cerca de 100mil hectares, consolidando sua expansão e reforçando o posicionamento como uma das líderes do agronegócio brasileiro.

Semana do dia 20/10/2025
Ações
Diante das últimas movimentações de preço, fundamentos e momento de mercado, realizamos alguns ajustes nas posições do ranking:
Subiram no ranking
BRAV3: a ação subiu no ranking em decorrência da recente queda de preço, sem alterações nos fundamentos. Pelo contrário, analisando apenas o operacional, o negócio hoje está muito mais sólido do que no passado.
AZZA3: mesmo diante de um segundo semestre mais fraco, a queda nas ações pareceu exagerada, o que elevou sua posição em relação às demais. A recomendação permanece inalterada por ora.
BEEF3 e JBSS3: ambas as companhias do setor de frigoríficos tiveram suas posições ajustadas em decorrência das recentes mudanças de mercado. No entanto, as recomendações seguem inalteradas.
FIIs
O ranking de FIIs não sofreu alterações.
Globais
INTC: A Intel tem buscado se reposicionar no mercado de semicondutores, depois de ter perdido espaço para os principais concorrentes. Dentro da reestruturação, a companhia elevou seu nível de alavancagem, trazendo mais riscos para a saúde financeira da companhia. Por esse motivo, perdeu mais posições no ranking de stocks.
O ranking de REITs não teve alterações essa semana.
Renda Fixa
Apesar da baixa rentabilidade, a Poupex não tem finalidade lucrativa e segue com alto nível de capitalização, solvência e liquidez.

Resumo macroeconômico da semana passada
O shutdown americano adiou a divulgação dos dados de desemprego e inflação. A paralisação do governo deve gerar algumas demissões, impactando negativamente o PIB dos Estados Unidos.
No Brasil, tivemos a divulgação de dois índices de atividade econômica.
O IBC-BR apresentou alta de 0,4%, revertendo uma sequência de três resultados negativos consecutivos. Ainda assim, os dados indicam uma desaceleração da economia brasileira.
Leia sobre isso e muito mais no nosso relatório completo.

A nova linha iPhone 17 teve um início de vendas mais forte do que o modelo anterior, com desempenho 14% superior ao do iPhone 16 nos primeiros dez dias após o lançamento na China e nos Estados Unidos. O modelo básico foi o destaque, quase dobrando as vendas na China e registrando um aumento de 31% no total dos dois mercados. O sucesso é atribuído a melhorias significativas — como chip mais rápido, tela aprimorada, maior armazenamento inicial e câmera frontal melhorada — mantidas pelo mesmo preço da geração anterior.
A Apple também ampliou levemente sua participação no mercado chinês no último trimestre, alcançando 15,8% de market share e permanecendo em segundo lugar. Enquanto as vendas de smartphones no país caíram 0,6%, a Apple foi a única entre as três maiores fabricantes a registrar crescimento de receita. Estes resultados são particularmente significativos porque mostra uma forte recuperação da Apple no mercado chinês, que tem sido desafiador para a empresa devido à concorrência local.

A Intel vem tentando se reposicionar no competitivo mercado de semicondutores após ter perdido participação para concorrentes importantes. Como parte dessa reestruturação, a empresa aumentou seu nível de alavancagem, o que adiciona riscos à sua saúde financeira e pressiona a percepção de segurança entre os investidores.
Em razão desse cenário, a companhia acabou perdendo posições no nosso ranking de stocks. Clique no relatório completo para conferir a análise detalhada da companhia.

A Ambipar informou à imprensa que deve protocolar um pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, na Justiça do Rio de Janeiro. Em termos simples, a recuperação judicial é um processo que permite à empresa reorganizar dívidas e preservar operações enquanto negocia com credores, algo que, no caso da Ambipar, ganhou urgência após semanas de estresse financeiro.
A medida cautelar que hoje protege a companhia de cobranças expira no fim da próxima semana, o que na prática cria uma janela para formalizar o pedido até 27 de outubro. Nos bastidores, as conversas para uma solução extrajudicial perderam tração com parte dos bancos, e o tema do foro do processo também gerou atrito. Para completar, a empresa contratou a FTI Consulting para uma auditoria independente do caixa, em busca de clareza sobre registros e fluxos de recursos. Tudo isso ocorre após a Ambipar ter obtido, em 25 de setembro, uma liminar que impediu o vencimento antecipado de dívidas no meio da disputa com o Deutsche Bank ligada a derivativos atrelados a seus green bonds.
O mercado reagiu de forma contundente na sexta-feira, 17 de outubro: as ações AMBP3 caíram 17% e tocaram nova mínima de R$ 0,37, refletindo o aumento da probabilidade de uma reestruturação formal. Em paralelo, reportagens citam que grandes bancos locais figuram entre os principais credores financeiros da companhia, reforçando a leitura de que um eventual plano de RJ terá várias frentes de negociação. Para clientes, o ponto central é que um pedido na segunda-feira tende a reduzir a incerteza jurídica de curto prazo, mas mantém elevada a incerteza econômica sobre prazos, valores de dívida e potenciais recuperações de credores, além de seguir pesando sobre o sentimento em crédito corporativo de maior risco.

Em 15 de outubro de 2025, BBAS3 recuou na B3 após a divulgação de que o governo articula, junto ao Banco do Brasil, à Caixa e a bancos privados, uma operação de crédito de R$ 20 bilhões para os Correios, com desembolsos de R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026. A operação teria garantia do Tesouro e poderia financiar capital de giro e medidas de ajuste na estatal.
Para o Banco do Brasil, o tema reacende discussões sobre risco político e alocação de capital em operações com orientação pública, ainda que a garantia do Tesouro tenda a mitigar perdas esperadas. No curto prazo, o noticiário pressiona a percepção de governança e pode aumentar a volatilidade do papel. Para bancos privados, o efeito é mais de sentimento: caso a participação se concentre nas estatais, o impacto direto deve ser limitado; se houver convite formal e pressão para adesão, o mercado pode precificar algum aumento de risco, especialmente em termos de retorno ajustado e prioridades de crédito.

O JPMorgan apresentou resultados positivos no terceiro trimestre de 2025, com alta de 8,8% na receita, para 47,1 bilhões de dólares, e de 16% no lucro por ação, que atingiu 5,07 dólares. O desempenho foi impulsionado pela retomada das atividades de Investment Banking e pelos bons resultados nas divisões de trading e gestão de ativos. O banco também demonstrou eficiência operacional, com controle de custos acima do esperado.
Por outro lado, a receita líquida de juros ficou levemente abaixo das projeções, e as provisões para perdas de crédito aumentaram, refletindo uma postura mais conservadora diante do cenário econômico. Apesar do resultado financeiro acima das estimativas, as ações recuaram cerca de 4%, acompanhando o movimento de cautela nos mercados diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Em 14 de outubro de 2025, o BTG Pactual anunciou uma proposta para incorporar as ações do Banco Pan. Pela oferta, cada ação PN de BPAN4 seria trocada por 0,2128 unit de BPAC11, o que equivale a um preço de referência de R$ 10,07 por ação e representa um prêmio superior a 30% sobre o fechamento do dia anterior. A notícia impulsionou BPAN4 em cerca de 26% no pregão, enquanto as units do BTG recuaram perto de 2%.
Se aprovada pelos acionistas e pelo Banco Central, a operação levaria o Pan a deixar a Bolsa, tornando-se subsidiária integral indireta do BTG. Nessa etapa, a legislação prevê direito de recesso aos acionistas elegíveis, conforme indicado na cobertura da agência.
Para quem é cliente e tem BPAN4 em carteira, o ponto principal é que não se trata de uma oferta em dinheiro: a contraprestação seria em units de BPAC11, seguindo a relação de troca proposta. Até que assembleias e autorizações ocorram, nada muda na custódia; a recomendação prática é acompanhar as próximas comunicações oficiais sobre datas de corte, procedimentos e eventuais documentos de assembleia. Vale lembrar que o BTG já detém 76,9% do capital total do Pan, o que reforça a lógica de simplificação societária e possível captura de sinergias operacionais após a combinação.
Em termos de impacto, a proposta tende a reduzir a incerteza para os minoritários do Pan e cristalizar valor via prêmio incorporado na relação de troca, ao passo que, para o BTG, o curto prazo pode ter leitura neutra a levemente negativa por percepção de execução e diluição, com tese de ganhos de eficiência no médio prazo.