As ações da WEG operaram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (17), refletindo as expectativas positivas do mercado em relação à divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, marcada para o próximo dia 23. O avanço dos papéis foi impulsionado pelo desempenho recente de empresas globais do setor industrial, especialmente no segmento de automação e soluções para data centers, sugerindo um cenário favorável para a companhia brasileira.
O mercado tem demonstrado otimismo com a possibilidade de que a WEG apresente números sólidos, principalmente diante do crescimento contínuo da demanda por tecnologias ligadas à inteligência artificial e eficiência energética. Além disso, a valorização recente dos papéis ocorre após um período de forte correção, o que aumenta o apelo de entrada com base em fundamentos e múltiplos mais atrativos.
Esse movimento também é reforçado por uma percepção de que boa parte dos desafios enfrentados no primeiro semestre já estejam precificados, abrindo espaço para uma reavaliação da empresa com base nos resultados do segundo trimestre e nas perspectivas para o segundo semestre. A expectativa é que o balanço traga clareza sobre a resiliência da companhia e sua capacidade de capturar oportunidades em setores estratégicos.
A Petrobras está considerando retomar a venda de combustíveis diretamente no varejo, quatro anos após a privatização da BR Distribuidora (atualmente Vibra Energia). O tema será discutido nesta semana em reunião do conselho, que avaliará a inclusão dessa estratégia no plano estratégico 2026–2030. A proposta vem após reclamações do presidente Lula e da CEO Magda Chambriard, que alegam que as reduções nos preços no atacado não são devidamente repassadas ao consumidor final.
Embora ainda não esteja definido se essa reentrada envolverá a recompra integral da Vibra, aquisição de participação na distribuidora ou criação de uma nova rede própria, a decisão busca integrar verticalmente a cadeia de distribuição. Essa medida pode melhorar a transparência dos preços, garantindo que os descontos promovidos pela Petrobras cheguem efetivamente aos consumidores, ao mesmo tempo em que fortalece sua imagem política e capacidade de controle de mercado.
Por outro lado, o retorno ao varejo apresenta riscos e desafios, como custos operacionais elevados, exposição regulatória e complexidade de gestão em um segmento competitivo. A movimentação também pode afetar a Vibra, que mantem a marca Petrobras até 2029 e foi responsável pela privatização iniciada em 2017 e concluída em 2021. Essa decisão estratégica reflete uma mudança de posicionamento da estatal, diante da pressão por um modelo que combine eficiência, controle de preços e responsabilidade social.
O fundo, que chegou a ter mais de 20% de vacância, alcançou, em junho de 2025, o índice de 13,3% de áreas vagas.
A estratégia adotada pela gestão foi a venda de ativos de menor qualidade — alguns já desocupados — com o objetivo de concentrar a carteira em regiões de maior valor agregado na cidade de São Paulo. As vendas ainda geraram lucros que contribuíram para o aumento da distribuição de dividendos do fundo.
Ao longo do primeiro semestre de 2025, o fundo pagou R$0,85 por cota, sendo que apenas R$0,78 por cota teve origem em receitas recorrentes. Os lucros obtidos com a venda de quatro ativos permitiram ainda a distribuição de R$2,55 por cota no mês de julho.
Para o restante do ano, a gestão estima uma melhora no resultado recorrente, o que deverá facilitar a manutenção do patamar atual de dividendos. Vale lembrar que o HGRE11 ainda conta com R$2,05 por cota em resultado acumulado.
O HGRE11 continua sendo uma tese mais arrojada dentro do setor de lajes corporativas. Como todos os FIIs, sua valorização depende fortemente da queda dos juros; porém, em termos de fundamentos, seus cotistas já têm motivos para comemorar.
O KNRI11 é um dos poucos FIIs que já alcançaram a maturidade. Com mais de 10 anos de história e um dos maiores patrimônios da indústria, o fundo da Kinea é um ativo de perfil conservador.
Mês após mês, observamos movimentações de inquilinos dentro do fundo, mas que pouco influenciam seus resultados. Com 21 imóveis e mais de 700 mil m² de ABL, apenas grandes eventos têm o poder de impactar significativamente o fundo. Vale lembrar que ele ainda conta com mais de 150 locatários.
Não esperamos surpresas negativas do fundo — ele é, sem dúvidas, um FII mais defensivo. Por outro lado, também não esperamos surpresas positivas, uma vez que sua gestão tem demonstrado certa lentidão na venda dos ativos de menor qualidade da carteira.
Confira o relatório atualizado do fundo e avalie se faz sentido investir em um FII com todas essas características.
A Usiminas registrou queda de aproximadamente 5% em suas ações após o mercado adotar uma visão mais cautelosa sobre os fundamentos da companhia. A revisão ocorre em meio a uma série de desafios que impactam diretamente sua operação, como a forte concorrência do aço importado, especialmente da China, e margens operacionais pressionadas. O desempenho do Ebitda por tonelada segue abaixo da média histórica e distante do que é registrado por outras empresas do setor.
Além disso, a necessidade contínua de investimentos para modernização e ganho de eficiência representa um obstáculo adicional no curto e médio prazo. Mesmo com algum potencial de valorização no preço atual, o cenário competitivo mais acirrado e os fundamentos mais frágeis elevam o grau de incerteza quanto à capacidade da Usiminas de melhorar seus resultados de forma consistente.
A Raízen anunciou a desativação das operações da usina Santa Elisa, localizada em Sertãozinho (SP), como parte de uma estratégia de reestruturação de portfólio para ganhar eficiência e reduzir sua alavancagem financeira. Como consequência, a empresa firmou acordos para a venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, incluindo produção própria e de fornecedores, por um valor total de R$ 1,045 bilhão. Parte relevante dos ativos foi adquirida pela São Martinho, que pagou R$ 242 milhões por cerca de 10,6 mil hectares de canaviais, localizados a cerca de 50 km de sua planta em Pradópolis. Além da São Martinho, outras usinas da região — como Alta Mogiana, Bazan, Batatais, Pitangueiras e Viralcool — também participaram da compra.
A decisão da Raízen está alinhada ao esforço de reciclagem de ativos, já que a usina Santa Elisa operava com capacidade ociosa há anos. Os recursos obtidos serão destinados à amortização de dívidas, em um momento em que a alavancagem da companhia gira em torno de 3,2 vezes o EBITDA. Analistas do mercado avaliaram a transação como positiva, tanto para a Raízen, que reforça seu caixa, quanto para a São Martinho, que amplia seu volume de moagem sem a necessidade de investir em capacidade industrial. A operação ainda depende de aprovação pelo Cade.
A Alphabet, controladora do Google, fechou um acordo histórico de 3 bilhões de dólares com a Brookfield Asset Management para garantir até 3 gigawatts de energia hidrelétrica nos EUA, no maior contrato corporativo desse tipo já realizado no país. O contrato de 20 anos vai abastecer data centers e operações cada vez mais dependentes de energia, principalmente por causa da inteligência artificial e da computação em nuvem.
A Nvidia retomará a venda de seu chip de IA H20 para a China, após os EUA revogarem restrições anteriores relativas à exportação de memórias HBMe para o país. A mudança sinaliza um avanço nas relações comerciais, uma vez que a empresa havia registrado perdas de US$ 5,5 bilhões vinculadas aos impactos dessas limitações.
A retomada das vendas do chip H20 na China é positiva para a Nvidia, pois permite recuperar uma fatia importante do mercado asiático, aliviar impactos financeiros recentes e reforçar sua liderança global em IA. Isso deve impulsionar as receitas e melhorar as perspectivas de crescimento da companhia no curto e médio prazo.
O JPMorgan Chase registrou um segundo trimestre de 2025 muito sólido, com lucro líquido de aproximadamente US$ 15 bilhões (ou US$ 5,24 por ação), superando as expectativas do mercado. Esse bom desempenho foi impulsionado por um aumento de 7% nas taxas de assessoria financeira (fee de investment banking atingindo US$ 2,5 bilhões) e um crescimento extraordinário de 15% na receita com trading, em renda fixa e ações .
Esse resultado reflete um cenário no qual Wall Street reage ao aumento de volatilidade gerada pelas políticas tarifárias dos EUA – o que deixou várias empresas cautelosas, mas gerou um “boom” nas operações de trading . Ainda que o CEO Jamie Dimon tenha alertado para riscos persistentes, como incertezas nos negócios e déficits elevados, o banco elevou sua previsão de receita de juros e aproveitou a folga regulatória para aumentar dividendos e recompras de ações.
Nessa semana o mercado estará de olho em três grandes destaques: dados de inflação nos EUA, resultados dos grandes bancos e o balanço da Netflix. Na terça-feira, será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI), importante para a decisão do Fed sobre os juros — que deve ficar inalterada nas próximas semanas. A expectativa é que a inflação “core” suba 2,9% no acumulado de 12 meses em junho, o que pode manter o banco central cauteloso.
Na parte de balanços, os grandes bancos americanos como JPMorgan, Citi e Wells Fargo divulgarão resultados, refletindo otimismo com IPOs e fusões. Também se destacam os números de Netflix, ASML e TSM, que trarão atualizações sobre o boom de chips ligados à IA. PepsiCo, United Airlines e American Express também apresentarão seus números.
Todos esses dados divulgados são fundamentais porque ajudam a definir o rumo dos juros, o humor do mercado e as expectativas de crescimento das empresas, principalmente das que avaliamos aqui no Simpla Club.
O XPML11 começa a se movimentar para honrar suas dívidas.
O fundo foi protagonista de uma grande polêmica no mercado por ter mais de R$600 milhões em obrigações a pagar em 2025.
Em junho, o XPML11 realizou a venda de alguns FIIs de sua carteira, levantando R$66 milhões, além da sua participação no Shopping D, por R$22 milhões. A venda do imóvel gerou um lucro de R$0,10/cota, que será incorporado à distribuição de dividendos do fundo.
Considerando que o fundo já possuía cerca de R$90 milhões em caixa, aproximadamente um quarto das obrigações de 2025 já está bem encaminhado.
O caminho ainda é longo para o fundo, mas ele já começou a ser trilhado. Seguimos acreditando que a situação será resolvida a tempo.
O HGLG11 convocou uma votação para autorizar a realização da sua 10.ª emissão de cotas. Os cotistas do fundo têm de 10/07/2025 até 23/07/2025 para manifestar seu voto.
O objetivo do fundo é captar R$2 bilhões, e o preço da emissão irá respeitar o valor patrimonial.
A gestão não deixou claro qual será a destinação dos recursos, por isso o mercado passou a especular uma possível incorporação do LVBI11 ou do PATL11. Essa especulação aumentou a volatilidade das cotações desses dois FIIs.
Em nossa visão, uma emissão respeitando o valor patrimonial é bem-vinda, dado que o fundo pode utilizar as cotas como pagamento na aquisição de novos imóveis — prática que vem se tornando comum no mercado de FIIs.
As captações nesse formato foram a forma que o mercado encontrou para contornar o pessimismo gerado pela Selic elevada.
Ações
BRBI11: Com a sucessiva valorização das ações, optamos por rebaixar o BRBI11 algumas posições no Ranking, embora ainda com recomendação de compra.
BPAC11: Com preço pouco atrativo, seguimos com a recomendação de "aguarde".
Fundos Imobiliários
O ranking de FIIs não teve alterações essa semana.
HGRU11 e AFHI11: Relatórios atualizados disponíveis na plataforma.
Ativos Globais
NNN: No último exercício completo, o NNN adquiriu 75 novas propriedades, investindo cerca de US$ 565 milhões na expansão. Além disso, o REIT aumentou a sequência de aumentos de dividendos por 35 anos consecutivos.
O: Realty Income vem ampliando a presença internacional, especialmente na Europa e no Japão. Dentro das atualizações recentes, o Realty Income está com um valuation mais atrativo, desta forma, subindo algumas posições no ranking de REITs.
Já o ranking de stocks não teve alterações significativas essa semana.
No último exercício completo, o NNN manteve sua sequência de crescimento ao elevar o dividendo anual em aproximadamente 2,7% — marcando o 35º ano consecutivo de aumento. O portfólio foi incrementado com 75 novas propriedades, sob investimentos de cerca de US$565 milhões, culminando em uma ocupação de 98,5%. O FFO por ação evoluiu 2,5%, refletindo a consistência operacional e disciplina financeira do REIT. Para saber mais sobre a empresa, acesse agora mesmo o relatório completo atualizado.
No ano fiscal de 2024, o Realty Income investiu aproximadamente US$ 3,86 bilhões em novas aquisições, reforçando sua presença internacional — sobretudo na Europa e no Japão . Com isso, o AFFO por ação cresceu 4,8%, chegando a US$ 4,19, evidenciando a resiliência da geração de caixa, sustentada por contratos de longo prazo e diversificação geográfica. Para saber mais sobre o maior REIT distribuidor de dividendos da bolsa, acesse o relatório completo.
Em 10 de julho de 2025, a Vivo anunciou a aquisição dos 50% da FiBrasil que pertenciam ao fundo canadense CDPQ, por R$ 850 milhões. Com a operação, a participação da Vivo na FiBrasil passa para 75,01%, enquanto a Telefónica Infra permanece com os 24,99% restantes. A transação ainda depende de aprovação da Anatel e do CADE.
A FiBrasil, que atua como rede neutra de fibra óptica, encerrou 2024 com receita de R$ 392 milhões, presença em 151 cidades, 4,6 milhões de domicílios passados e cerca de 800 mil clientes. Após a consolidação, a infraestrutura de fibra da Vivo passa a atingir 30 milhões de domicílios em 444 cidades, com 7,2 milhões de clientes.
A aquisição fortalece a estratégia da Vivo de ampliar a oferta de serviços convergentes fixo e móvel, especialmente com o crescimento do pacote Vivo Total. O movimento também consolida a presença da empresa em um mercado altamente fragmentado e competitivo, melhorando sua escala, eficiência e posição frente a concorrentes como V.tal e I-Systems.
O impacto da operação é potencialmente positivo, dado o reforço estratégico e operacional que proporciona à Vivo no segmento de fibra óptica.
As notícias são positivas para o mercado de lajes corporativas!
Os resultados prévios do segundo trimestre de 2025 indicam o décimo trimestre consecutivo de absorção líquida positiva. A absorção líquida é o indicador que mede a diferença entre novas locações e devoluções de espaços.
Com isso, a taxa de vacância dos prédios corporativos de padrão A e A+ caiu para 16,65%, mesmo diante de um cenário macroeconômico bastante desafiador, que certamente tem atrasado uma recuperação mais robusta do setor.
Ainda estamos distantes de uma retomada mais expressiva dos fundos de lajes corporativas. Alguns enfrentam problemas internos, enquanto outros, mesmo operando de forma eficiente, dependem fortemente da queda da taxa Selic para uma valorização mais consistente.
Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, o que gerou preocupação entre investidores e impacto imediato nas ações de empresas exportadoras. Entre os setores mais afetados estão siderurgia, celulose, proteínas e petróleo. No caso da Petrobras (PETR4), a avaliação do mercado é que o impacto da medida tende a ser limitado, já que apenas cerca de 4% da receita da companhia vem de exportações de petróleo e derivados para os Estados Unidos.
Mesmo em um cenário de tarifação total sobre esse volume, a estimativa é que o impacto financeiro seja pequeno e não comprometa os resultados operacionais da empresa. O mercado calcula que o efeito anual estaria entre US$ 250 a 350 milhões, o que representa menos de 1% do EBITDA projetado para 2025 — valor considerado marginal frente ao porte da Petrobras.
Além disso, a própria empresa destacou que possui flexibilidade comercial para redirecionar suas exportações para outros mercados mais vantajosos, como a Ásia, caso necessário. Isso reforça a percepção de que a tarifa, apesar de gerar ruído no curto prazo, não altera os fundamentos da companhia.
Apesar da reação inicial negativa nas ações — com leve queda nos papéis e nos ADRs —, a leitura do mercado é de que o efeito será pontual e administrável. A medida de Trump também é vista como uma possível estratégia política, e não como uma ruptura comercial definitiva. Por isso, os investidores mantêm uma visão relativamente estável sobre a tese de Petrobras no médio e longo prazo.
Este relatório foi desenvolvido como um guia prático para a construção de uma carteira de investimentos exclusivamente no exterior, trazendo alternativas concretas para quem já possui recursos fora do país e/ou são não residentes brasileiros.
Nosso objetivo é ajudar o investidor a estruturar, acompanhar e revisar sua carteira global de forma clara, consistente e alinhada ao seu perfil de risco e metas de longo prazo — sempre com foco na autonomia e em decisões bem fundamentadas. Acesse o relatório completo clicando no anexo.
O Itaú Unibanco, por meio da Itaú Asset Management, firmou uma parceria exclusiva com a gestora global KKR para oferecer investimentos alternativos a clientes institucionais e de alta renda no Brasil. A colaboração visa ampliar o acesso a ativos do mercado privado, como crédito estruturado, infraestrutura e private equity. Os produtos serão co-branded e poderão incluir coinvestimentos, com foco em maior sofisticação e diversificação da carteira dos clientes.
A iniciativa fortalece a presença do Itaú no segmento de ativos alternativos, que já conta com cerca de US$ 14,8 bilhões sob gestão, enquanto a KKR possui US$ 664 bilhões globalmente. A parceria reforça o posicionamento estratégico do banco no segmento de alta renda e pode impulsionar sua participação de mercado no médio e longo prazo.