
Ações
CSUD3: A CSU Digital apresentou resultados consistentes no 2T25, com destaque para a divisão DX, que cresceu 14,6% impulsionada pela plataforma HAS, enquanto a CSU Pays avançou 6,2% e manteve a resiliência no volume transacionado e no crescimento de contas ativas. Apesar do aumento de custos relacionados à inovação e à internacionalização, que pressionaram o EBITDA, a companhia conseguiu elevar o lucro líquido em 5%. Ainda assim, o risco de concentração de clientes e a menor margem de segurança atual levaram à revisão da recomendação de COMPRA para AGUARDE, mantendo a perspectiva positiva de longo prazo caso as novas frentes de crescimento avancem conforme esperado.
EZTC3: A EZTEC teve um 2T25 muito forte, combinando lançamentos recordes de R$ 1,1 bilhão no semestre com vendas líquidas de R$ 489 milhões e VSO em 39,4% nos últimos 12 meses, o maior nível dos últimos anos. A receita de R$ 450 milhões impulsionou o lucro bruto em 42% e levou a margem a 40,7%, enquanto o lucro líquido avançou 58% a/a, com margem de 31,1%. A geração de caixa voltou a ser positiva, sustentada pelas entregas e repasses, e o baixo endividamento mantém a empresa em posição sólida. Com portfólio robusto, disciplina estratégica e valuation atrativo, reiteramos a recomendação de COMPRA para EZTC3.
FIIs
Já está disponível o relatório sobre ETFs que pagam dividendos no Brasil. Descubra se essa classe vale a pena.
VGIR11: O fundo perdeu posições, pois sua gestora cometeu alguns erros recentemente.
RZTR11: Na última semana a gestão fechou mais um bom negócio para o fundo. Dessa forma, ele mereceu ganhar algumas posições no ranking.
Globais
LLY: A Eli Lilly está expandindo sua capacidade produtiva com um investimento de US$5 bilhões em uma nova planta nos EUA e tem entregado resultados fortes. Contudo, a companhia perdeu posições no ranking de stocks por conta do seu valuation menos atrativo.
O ranking de REITs não sofreu alterações significativas essa semana.
Renda Fixa
Banco C6: Com crescimento consistente da carteira de crédito, melhora nos indicadores de eficiência, e inadimplência controlada, recomendamos a alocação em ativos de renda fixa emitidos pelo Banco C6.

Vale a pena investir em ETFs no Brasil pensando em receber dividendos?
Este relatório vai tirar essa dúvida — e muito mais!
Os ETFs pagadores de dividendos já são amplamente conhecidos nos EUA, mas foram apresentados à bolsa brasileira apenas em 2023. De lá para cá, muitos produtos surgiram, com estratégias bastante distintas.
Atualmente, apenas três ETFs investem em empresas brasileiras e distribuem rendimentos mensalmente. Um deles, o NDIV11, é o mais famoso, pois conta com a marca Nubank por trás.
Apesar de apreciarmos o recebimento de dividendos, neste relatório trazemos um aspecto interessante que deve ser considerado pelo investidor.

A Novo Nordisk divulgou resultados promissores para várias de suas drogas voltadas ao tratamento da obesidade e diabetes: o estudo com a versão em pílula diária do Wegovy mostrou perda de peso média de 16,6% entre participantes obesos ou com sobrepeso (sem diabetes), resultado quase igual ao da versão injetável semanal; mais de um terço dos pacientes conseguiram reduzir 20% ou mais de seu peso.
Além disso, outro estudo apontou que o Ozempic reduziu em 23% o risco combinado de ataque cardíaco, derrame ou morte em pessoas com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, quando comparado a um tratamento rival. As ações da Novo Nordisk reagiram bem no mercado.

A Eli Lilly é uma das líderes globais em biotecnologia farmacêutica, com foco crescente em terapias para diabetes, obesidade e doenças autoimunes. Seu portfólio é liderado por Mounjaro e Zepbound, que têm impulsionado forte crescimento operacional diante da alta demanda por medicamentos à base de GLP-1. No 2T25, a receita atingiu US$15,56 bilhões, com avanço anual de 38%, refletindo o sucesso comercial dessas terapias.
A companhia também está expandindo sua capacidade produtiva com um investimento de US$5 bilhões em uma nova planta nos EUA, visando maior autonomia na cadeia de suprimentos e preparação para futuras aprovações de produtos em desenvolvimento, como orforglipron, sua principal aposta oral contra obesidade. Apesar do momento favorável, a empresa ainda terá desafios relevantes, especialmente no que diz respeito à competição crescente, sustentabilidade da eficácia clínica dos novos produtos e à escalabilidade da produção em ritmo compatível com a demanda.
Para saber tudo sobre a empresa, acesse agora mesmo o relatório completo abaixo.

Em 19/09/2025, a Vale concluiu a formação da joint venture na Aliança Energia com a Global Infrastructure Partners, recebendo US$ 1 bilhão em caixa e permanecendo com 30% da sociedade, enquanto a GIP ficou com 70%. A nova estrutura passa a consolidar ativos como o parque solar Sol do Cerrado, a UHE Risoleta Neves, PCHs em Minas Gerais e parques eólicos no Rio Grande do Norte e no Ceará.
O acordo reforça a liquidez da Vale no curto prazo e aumenta a previsibilidade dos custos de energia, já que os contratos são firmados em dólar e não possuem indexação por inflação. Além de mitigar riscos operacionais com segurança de suprimento, a transação sustenta a estratégia de manter matriz 100% renovável no Brasil, liberando capital para as frentes core de mineração e metais de transição.

Mark Zuckerberg anunciou o lançamento dos óculos inteligentes Meta Ray-Ban Display durante a conferência Meta Connect, apresentando-os como um passo fundamental na estratégia da empresa de criar dispositivos capazes de substituir o smartphone e atuar como interface para uma “superinteligência” — uma inteligência artificial além da capacidade humana.
Os óculos permitem exibir mensagens, realizar chamadas de vídeo e interagir com o assistente de IA da Meta diretamente nas lentes, utilizando comandos de gestos por meio de uma pulseira considerada o primeiro dispositivo neural em escala comercial. O produto começará a ser vendido no fim do mês por US$799,00.
A apresentação, no entanto, também revelou fragilidades: uma chamada não pôde ser atendida devido a falhas de conexão e outro modelo não respondeu aos comandos de voz. Além disso, a Meta anunciou uma parceria com a Oakley para desenvolver óculos esportivos integrados a aplicativos de fitness, em um projeto que será fabricado pela chinesa Goertek.

A Nvidia anunciou um investimento de US$5 bilhões em ações da Intel, como parte de uma aliança estratégica para desenvolver chips personalizados tanto para data centers quanto para PCs. Segundo o acordo, a Intel vai fabricar CPUs baseadas em sua arquitetura x86 que serão integradas à infraestrutura de IA da Nvidia, e também vai criar system-on-chips que incorporam chiplets de GPU da Nvidia para o mercado de PCs.
Essa parceria fez as ações da Intel dispararem — cerca de 24% em um único dia — refletindo confiança dos investidores de que a Intel poderá recuperar tração competitiva diante de rivais como AMD, além de reduzir sua dependência de concorrentes externos em fabricação de chips.

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduziu a sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, levando a “fed funds rate” para uma faixa entre 4,00% e 4,25% — essa foi a primeira queda desse ano. A decisão do Fed de reduzir a taxa é um sinal claro de que a autoridade monetária considera que as pressões sobre o emprego e a atividade econômica estão aumentando, o que justifica estímulo. No entanto, o Fed está numa situação de “equilíbrio difícil” — precisa apoiar o crescimento sem deixar a inflação disparar. Isso exige uma trajetória de política monetária muito cautelosa.

O BTLG11 e o SARE11 deram mais um passo em direção à conclusão de seu negócio.
Anunciada em maio deste ano, a proposta de aquisição, pelo BTLG11, de todos os ativos do SARE11 foi finalmente assinada. A conclusão depende de algumas condições, e a expectativa é que elas sejam superadas em até 45 dias.
Assim que confirmada, o BTLG11 passará a deter os direitos sobre os três imóveis do SARE11, sendo um galpão logístico e duas lajes corporativas. O interesse do fundo do BTG concentra-se no galpão, enquanto os edifícios de escritórios serão vendidos.
Esse formato de transação não é novidade para o fundo, que já incorporou o BLCP11 e o VVPR11.

O fundo imobiliário RZTR11 firmou uma nova parceria estratégica com o Grupo Cedro para explorar duas propriedades rurais em Minas Gerais, totalizando quase 3 mil hectares. A negociação envolve áreas já produtivas e outras em desenvolvimento.
O acordo foi viabilizado por meio de um contrato de parceria e de compra futura, o que garante ao fundo o direito de se tornar proprietário dos imóveis ao fim da operação. A produção agrícola, especialmente de café, segue sob responsabilidade do Grupo Cedro.
O modelo adotado prevê que o fundo arque com os custos da produção, enquanto o Grupo Cedro cuida da gestão das fazendas. Os pagamentos foram estruturados de forma híbrida, com parte em dinheiro, parte via assunção de dívida e outra atrelada a entregas de café.
A primeira parcela, de R$71,4 milhões, já foi quitada. Além disso, o fundo assumirá cerca de R$68,9 milhões em dívidas. O restante será pago em sacas de café até 2028, com os valores ajustados conforme a produção das fazendas.
A expectativa da gestora é alcançar uma taxa interna de retorno acima de 25% ao longo dos próximos cinco anos, reforçando a estratégia de investimentos com alto potencial de valorização no setor agro.

O fundo imobiliário CVBI11 passará por uma mudança importante a partir do dia 24 de setembro: seu novo código de negociação será PCIP11.
A alteração foi aprovada por meio de consulta formal aos cotistas e visa alinhar a identidade do fundo à marca Patria, sua gestora atual.
Apesar da mudança de nome e ticker, a estrutura e a política de investimentos do fundo seguem exatamente as mesmas.
O fundo continua sendo gerido pela Pátria - VBI Securities e administrado pela BRL Trust, sem qualquer alteração nos objetivos ou estratégias do portfólio.
A medida é meramente institucional e tem como foco fortalecer a presença da marca Patria no mercado de fundos imobiliários.

A Natura (NATU3) informou a celebração de um acordo vinculante para a venda de sua subsidiária Natura &Co UK Holdings Limited, que controla os negócios da Avon International, a um veículo de aquisição afiliado à Regent. A transação não inclui o mercado russo da Avon nem a marca e operações da Avon na América Latina.
O valor nominal da venda é de £1,00 no fechamento, com possíveis earn-outs e pagamentos contingentes de até £60 milhões, condicionados a resultados futuros e eventos de liquidez. A Natura capitalizará a maior parte dos recebíveis de empréstimos contra a Avon International antes do fechamento, transferindo o restante à compradora após condições pós-fechamento. Além disso, a Natura oferecerá uma linha de crédito garantida de até US$25 milhões à Avon International, com vencimento em cinco anos e saque disponível por até um ano após o fechamento.
A marca Avon na América Latina, incluindo direitos econômicos e infraestrutura de propriedade intelectual, permanecerá com a Natura. A conclusão da venda, prevista para o primeiro trimestre de 2026, depende de aprovações regulatórias. A Natura continua avaliando alternativas estratégicas para o mercado russo da Avon, reforçando seu foco na otimização de operações com ênfase na América Latina.

A Brava (BRAV3) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a implementação de um programa de American Depositary Receipts (ADR) Nível 1, com o JPMorgan Chase Bank, N.A. como instituição custodiante. O programa, a ser lastreado em ações ordinárias da companhia, será negociado no mercado de balcão (OTC) após aprovação pela Securities and Exchange Commission (SEC).
A iniciativa visa aumentar a liquidez das ações, ampliar a exposição da Brava em mercados internacionais e facilitar o acesso de investidores globais.

CSAN3 e RAIZ4 fecharam em alta após relatos de que a Vitol - empresa Suíça especializada em energia e commodities - avalia comprar os ativos da Raízen na Argentina, incluindo a refinaria e a rede de postos licenciados da Shell, em operação estimada em cerca de US$ 1,5 bilhão. O movimento reforça a leitura de desalavancagem e possível destravamento de valor no grupo Cosan. Para CSAN3, o efeito é potencialmente positivo, pela perspectiva de redução de endividamento na holding e simplificação da estrutura. Para RAIZ4, o impacto é misto: a venda pode aliviar a alavancagem e concentrar esforços nos negócios core, mas ainda há incertezas sobre preço, cronograma e eventual necessidade de captação adicional, que poderia trazer risco de diluição. Até o momento, tratam-se de sinais de mercado sem fato relevante confirmando a transação.

Agora temos fundos de fundos para todos os perfis, do mais conservador ao mais arrojado.
Atualizamos a análise do ITRI11 e identificamos um momento mais oportuno para investir no fundo. Em comparação com seus concorrentes recomendados no ranking, ele é o que apresenta maior risco.
O fundo adota uma estratégia que envolve tanto o investimento em ações quanto em fundos de desenvolvimento, buscando ganhos excepcionais.
Em ordem, do menos arriscado para o mais arriscado, temos: BBFO11, RVBI11 e ITRI11. Este último compensa seu perfil mais arrojado com maiores chances de trazer surpresas positivas em seus dividendos.
Cabe ao investidor conhecer seu perfil e escolher o FOF que melhor se adequa a ele.

A última semana trouxe importantes atualizações no cenário macroeconômico.
O relator da MP 1303, que propõe a mudança na tributação dos produtos de investimento, comunicou que as debêntures incentivadas serão retiradas do texto e, portanto, conservarão sua isenção.
A proposta tem sido responsável por adicionar mais incerteza ao mercado brasileiro, já que seus impactos negativos sobre o setor imobiliário e o agronegócio ainda são difíceis de mensurar. Seguimos na torcida por sua reprovação.
O IPCA de agosto registrou -0,11%, configurando uma deflação. A principal causa para o resultado foi a queda no valor da conta de luz. Em contrapartida, o índice de difusão aumentou, indicando que a inflação se espalhou por outros grupos de produtos.
Confira nosso resumo macroeconômico da semana para se manter atualizado sobre os assuntos mais relevantes.

O HGBS11 concluiu a venda de 10% do Shopping Jardim Sul por R$63 milhões. A operação foi realizada por um valor 5,9% superior à última avaliação do imóvel.
O lucro de R$3,6 milhões, equivalente a R$0,03 por cota, será incorporado ao resultado de setembro do fundo. O HGBS11 reduziu recentemente seus rendimentos, já que o patamar de R$0,16 por cota não é sustentável apenas com a renda recorrente.
A gestão deve buscar mais operações como essa, com o objetivo de proporcionar maiores dividendos aos cotistas. Por deter algumas posições em shoppings via FIIs, o portfólio do fundo apresenta maior liquidez.
Gostamos do HGBS11, mas ele está bem atrás do XPML11 e já vê o PMLL11 se aproximando pelo retrovisor.

A JHSF (JHSF3) celebrou um acordo vinculante para a estruturação de um veículo de investimento de aproximadamente R$4,6 bilhões. O veículo focará na compra e venda de estoques, lotes e produtos imobiliários da JHSF, incluindo empreendimentos como Boa Vista Estates, Boa Vista Village, Reserva Cidade Jardim, São Paulo Surf Club Residences (fase 1) e Fazenda Santa Helena (fase 1).
A JHSF continuará responsável pelo desenvolvimento dos projetos, mantendo seu padrão de qualidade.

A ALLOS S.A. (ALOS3) aprovou o cancelamento de 38.745.962 ações ordinárias mantidas em tesouraria, equivalente a 7,1% do total de ações, sem redução do capital social. Desde 2023, a companhia adquiriu 68.460.900 ações em quatro programas de recompra, cancelando 69.745.962 ações, ou 12,2% do total de ações em 2023. O programa de recompra aprovado em 28 de janeiro de 2025 permanece vigente.

A Suzano vai resgatar integralmente os saldos remanescentes de seus bonds em dólar com vencimentos em 2026 e 2027, movimento que sucede as ofertas de recompra concluídas na semana anterior. O papel de 2027, com cupom de 5,5% ao ano, terá o valor em aberto de US$ 301,74 milhões resgatado em 22 de setembro; já o de 2026, com cupom de 5,75% ao ano, terá US$ 284,9 milhões resgatados em 16 de outubro, ambos a par acrescido de juros corridos.
A decisão da Suzano de resgatar integralmente os bonds com vencimentos em 2026 e 2027 gera, no curto prazo, despesas financeiras não recorrentes pelo prêmio pago nas recompras e pela baixa dos custos de emissão desses títulos, o que pressiona o lucro líquido de 3T25 e 4T25 sem afetar o EBITDA operacional. Concluída a troca pela nova emissão 2036, a companhia passa a ter menor despesa de juros recorrente, com economia estimada em torno de US$ 11–13 milhões por ano, além de alongar o prazo médio da dívida e reduzir o risco de rolagem. Com vencimentos mais concentrados no longo prazo, a volatilidade do resultado financeiro e cambial tende a diminuir e o fluxo de caixa melhora, tornando o efeito líquido positivo após a conclusão da operação.