
O uso da inteligência artificial pode gerar até 6 bilhões de dólares em economia anual para grandes varejistas dos EUA, elevando os lucros em até 20% até 2026, principalmente em áreas como automação da cadeia de suprimentos, planejamento de estoque e atendimento ao cliente.
Apesar do otimismo, a transformação não será imediata. Ainda há incertezas sobre como essas soluções serão implementadas de forma prática e consistente. Se bem aplicada, a IA pode ajudar o setor a prever melhor a demanda, reduzir desperdícios e melhorar margens, mas até agora o impacto sobre a eficiência de estoques permanece limitado.

A Starbucks anunciou um plano de reestruturação que inclui o fechamento de cafeterias com desempenho abaixo do esperado na América do Norte e o corte de aproximadamente 900 vagas em equipes de suporte. A medida faz parte da estratégia do CEO Brian Niccol para revitalizar vendas e lucros, apostando em trazer de volta a atmosfera tradicional das lojas, com canecas de cerâmica, ambientes mais confortáveis e menor tempo de espera.
Segundo a empresa, os custos do processo devem chegar a cerca de 1 bilhão de dólares, conforme comunicado regulatório. Niccol destacou que as unidades sem perspectiva de rentabilidade ou sem condições de oferecer a experiência desejada aos clientes e funcionários serão encerradas, reforçando o foco em pontos de venda com maior potencial de crescimento.

Cemig (CMIG4) aprovou a distribuição de R$ 604,7 milhões em juros sobre capital próprio, equivalentes a R$ 0,21139610230 por ação, conforme aviso aos acionistas publicado em 23 de setembro de 2025. Têm direito aos proventos os investidores com posição em 29 de setembro de 2025 (data-com), e as ações passam a ser negociadas ex-direitos em 30 de setembro. O pagamento será realizado em duas parcelas, a primeira em 30 de junho de 2026 e a segunda até 30 de dezembro de 2026. O valor será deduzido do dividendo mínimo obrigatório do exercício de 2025 e está sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, salvo isenções aplicáveis.

A Nvidia anunciou um investimento de até 100 bilhões de dólares na OpenAI, ao mesmo tempo em que fornecerá milhões de seus chips de inteligência artificial para a criadora do ChatGPT. O aporte inicial será de 10 bilhões de dólares, voltado para a construção de um gigawatt de capacidade em supercomputadores equipados com os novos chips Vera Rubin, a partir de 2026. No entanto, cada gigawatt de data center pode custar em torno de 50 bilhões de dólares, deixando em aberto como a OpenAI levantará o capital restante.
Outro ponto crítico é a estrutura societária. A OpenAI, hoje sem fins lucrativos, busca migrar para uma _public benefit corporation_ para facilitar a captação de recursos e uma eventual abertura de capital, movimento que ainda depende de aprovações regulatórias. Não está claro se o investimento da Nvidia dependerá dessa mudança.
A avaliação da OpenAI está em 500 bilhões de dólares, mas não há garantias de que os aportes futuros da Nvidia ocorram nesse mesmo patamar. Além disso, a parceria pode concentrar grande parte da capacidade de fornecimento de chips da Nvidia em um único cliente, levantando dúvidas sobre o impacto na concorrência — especialmente para rivais como Anthropic, AMD e até mesmo a Microsoft.
Por fim, a Oracle, que já fechou contratos de centenas de bilhões com a OpenAI para serviços de nuvem, pode ser uma das maiores beneficiadas, já que o aporte da Nvidia fortalece a capacidade da startup de honrar esses compromissos e sustentar as projeções otimistas da companhia.

Depois de passar alguns meses sem nos incomodar, a MP 1303 voltou a ser assunto no início de setembro.
Nesta semana, saiu mais uma notícia relacionada à medida que pretende modificar a cobrança de imposto sobre as aplicações financeiras.
Como sabemos, o aumento da tributação sobre os investimentos vinha enfrentando grande resistência dos parlamentares ligados ao agronegócio e ao mercado imobiliário, já que a MP prevê a retirada da isenção de produtos como LCIs, LCAs, CRAs, CRIs e FIIs.
Aparentemente, houve uma negociação para a manutenção da isenção de CRIs, CRAs e FIIs, em contrapartida à aplicação de uma alíquota de 7,5% sobre LCIs e LCAs. Na proposta inicial, esses produtos teriam incidência de 5% de IR.
Na primeira semana deste mês, já havia saído a notícia de que as debêntures incentivadas também manteriam sua isenção.
A verdade é que não sabemos de nada. A MP trouxe grande incerteza para o mercado, e toda notícia vinculada a ela só gera mais dúvidas.
Reforçamos que essa medida é um desastre, inclusive amplamente reprovada em consulta pública. Como de costume, a classe política demonstra que não ouve os anseios da população.

O HGLG11 aprovou a realização de sua 10.ª emissão de cotas. O objetivo é captar mais R$2 bilhões.
Como sabemos, para que uma emissão comece com o "pé direito", é preciso que ela respeite o valor patrimonial do fundo. A Pátria cumpre essa exigência ao realizar a emissão por R$162,22.
Esta é mais uma captação de FIIs que não tem como público-alvo o investidor comum, pois, no mercado, o HGLG11 está sendo negociado abaixo dos R$160. Portanto, não faz sentido participar da emissão.
O fundo consegue realizar uma emissão a um preço superior ao valor de mercado porque pode pagar novas aquisições com cotas ou conta com a garantia de participação de um investidor institucional.
O ambiente de juros a 15% é extremamente prejudicial ao crescimento dos FIIs. Por isso, essas ofertas criativas são uma forma inteligente de driblar a crise.
Reforçamos que não vale a pena participar da emissão do HGLG11, mas tudo indica que ela será positiva para o fundo.

No mercado imobiliário, vacância não significa só espaço vazio — ela mostra como anda o equilíbrio entre oferta e procura. Quando bem dosada, é sinal de um setor saudável e em movimento.
Um índice em torno de 12% costuma ser o “ponto de ouro” nos mercados consolidados. Ele garante espaço para novas empresas sem desvalorizar os imóveis dos proprietários.
Com essa margem, locadores não precisam reduzir preços e inquilinos ainda encontram boas opções. Isso mantém a dinâmica do mercado sem pressões extremas de nenhum lado.
Quando a taxa cai demais, os preços disparam; se sobe muito, os inquilinos ganham força para exigir vantagens. O ideal está justamente no meio: previsibilidade para todos.
Esse equilíbrio protege investimentos, facilita negociações e reforça a atratividade de regiões estratégicas como São Paulo. Vacância controlada é, na prática, sinônimo de maturidade no setor.

WEG (WEGE3) anunciou em 23 de setembro de 2025 um investimento de US$ 77 milhões para modernizar e ampliar em 50% a capacidade de sua fábrica de transformadores especiais em Washington, nos Estados Unidos. O objetivo é atender a demanda crescente de data centers, da indústria manufatureira e do reforço da rede elétrica no país, fortalecendo a presença da companhia em segmentos críticos de infraestrutura.
A empresa informou ainda que, diante do risco de tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras aos EUA, menos de um terço do que vende no mercado americano é produzido no Brasil e que parte da produção pode ser redirecionada para unidades no México, Índia e Portugal. O movimento busca reduzir a exposição a barreiras comerciais e elevar a competitividade local, com potencial impacto positivo em receita dolarizada e posicionamento estratégico no mercado norte-americano.

O ouro alcançou um novo recorde, impulsionado pela expectativa de cortes adicionais de juros nos EUA e pelo movimento da China de reforçar seu papel no mercado global do metal. O Banco Central chinês, por meio da Bolsa de Ouro de Xangai, busca atrair países aliados para comprar e armazenar reservas dentro do país, ampliando sua influência no setor.
Na terça-feira, a cotação chegou próximo a 3.800 dólares a onça, marcando o terceiro pregão consecutivo em máxima histórica. O apetite dos investidores por ETFs de ouro segue em alta, registrando o ritmo mais acelerado de entradas em mais de três anos, reflexo das apostas de que o Federal Reserve manterá um ciclo de cortes de juros.
Enquanto isso, o mercado aguarda o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, para avaliar os próximos passos da política monetária. Apesar das incertezas, o cenário continua positivo para o ouro, que junto com a prata está entre as commodities de melhor desempenho do ano, sustentado por juros mais baixos, compras de bancos centrais e tensões geopolíticas.

Cosan (CSAN3) detalhou em 22/09/2025 o aporte de R$ 10 bilhões do consórcio BTG Pactual Holding & Asset Management e Perfin, esclarecendo que os recursos fortalecerão a estrutura de capital da própria Cosan, sem capitalização da Raízen. A operação será feita em dois follow-ons a R$ 5 por ação: o primeiro com oferta-base de R$ 7,25 bilhões, hot issue de 25% destinado à base atual e entrega de 50% das ações com lock-up de dois anos; parte da alocação do consórcio terá lock-up total de quatro anos. O segundo follow-on poderá levantar até R$ 2,75 bilhões, no mesmo preço, com lock-up de 90 dias para insiders e sem participação do consórcio. O acordo societário tem prazo de 20 anos, mantém a Aguassanta como controladora com 50,01% e prevê Rubens Ometto ou indicado na presidência do conselho por três mandatos, além de nova composição do board entre Aguassanta e consórcio. O impacto esperado é positivo para desalavancagem e simplificação da holding, com possível pressão técnica de curto prazo pelo preço de emissão e diluição.

A última semana foi bastante movimentada.
Na quarta-feira, vimos o banco central americano reduzir a taxa de juros do país, o que gerou grande otimismo nas bolsas do mundo todo.
Em contrapartida, no Brasil, o Copom optou pela manutenção da taxa Selic em 15%, visto que ainda não podemos considerar nossa luta contra a inflação como vencida.
Falando em inflação, nesta semana teremos a divulgação do IPCA-15, que funciona como uma prévia do nosso IPCA.
Confira tudo isso no nosso relatório de macroeconomia.

A Cosan (CSAN3) anunciou um aumento de capital de R$10 bilhões, ancorado por investidores estratégicos e com participação de acionistas existentes, visando reduzir em 57% a dívida corporativa da holding.
Detalhes da Operação:
Investidores Âncora (Primeira Etapa):
Oferta Subsequente (Segunda Etapa): Até R$2,75 bilhões, com direito de preferência para acionistas com posição em 19 de setembro de 2025.
Preço de Emissão: R$5 por ação.

A Eztec encerrou o 2T25 com o maior volume de lançamentos da sua história para um primeiro semestre, somando R$1,1 bilhão em VGV, todos 100% EZTEC. As vendas brutas chegaram a R$558 milhões e as líquidas a R$489 milhões, com índice de velocidade de vendas em 39,4% no acumulado de 12 meses, reforçando a força comercial da companhia.
O resultado financeiro acompanhou esse ritmo: a margem bruta atingiu 40,7% e o lucro líquido saltou 57,8% em relação a 2024, sustentado por baixo endividamento e geração de caixa positiva. Com um banco de terrenos avaliado em R$10,6 bilhões em VGV potencial e foco em médio e alto padrão, a companhia reforça sua solidez e perspectivas de longo prazo. 👉 Leia o relatório completo para acessar nossa análise aprofundada e a recomendação para as ações.

No 2T25, a CSU Digital manteve sua trajetória de expansão com crescimento de 9,1% na receita líquida, sustentada pela divisão CSU DX, que avançou 14,6% com a plataforma de hiperautomação HAS, e pela CSU Pays, que somou 38 milhões de contas cadastradas. Apesar do aumento das despesas administrativas ligadas à internacionalização e inovação, o lucro líquido subiu 5%, beneficiado pela redução da alíquota efetiva de impostos.
A companhia reforçou sua posição financeira ao distribuir R$24 milhões em dividendos e JCP no semestre, mantendo caixa líquido mesmo após o desembolso. O modelo de negócios resiliente, aliado à expansão tecnológica e ao processo inicial de internacionalização, coloca a CSU em posição estratégica para capturar novas oportunidades. No entanto, devido à elevada concentração de clientes e à margem de segurança reduzida, alteramos nossa recomendação de COMPRA para NEUTRO. 👉 Confira o relatório completo para entender os números em detalhe e nossa visão sobre o futuro da companhia.

Ações
CSUD3: A CSU Digital apresentou resultados consistentes no 2T25, com destaque para a divisão DX, que cresceu 14,6% impulsionada pela plataforma HAS, enquanto a CSU Pays avançou 6,2% e manteve a resiliência no volume transacionado e no crescimento de contas ativas. Apesar do aumento de custos relacionados à inovação e à internacionalização, que pressionaram o EBITDA, a companhia conseguiu elevar o lucro líquido em 5%. Ainda assim, o risco de concentração de clientes e a menor margem de segurança atual levaram à revisão da recomendação de COMPRA para AGUARDE, mantendo a perspectiva positiva de longo prazo caso as novas frentes de crescimento avancem conforme esperado.
EZTC3: A EZTEC teve um 2T25 muito forte, combinando lançamentos recordes de R$ 1,1 bilhão no semestre com vendas líquidas de R$ 489 milhões e VSO em 39,4% nos últimos 12 meses, o maior nível dos últimos anos. A receita de R$ 450 milhões impulsionou o lucro bruto em 42% e levou a margem a 40,7%, enquanto o lucro líquido avançou 58% a/a, com margem de 31,1%. A geração de caixa voltou a ser positiva, sustentada pelas entregas e repasses, e o baixo endividamento mantém a empresa em posição sólida. Com portfólio robusto, disciplina estratégica e valuation atrativo, reiteramos a recomendação de COMPRA para EZTC3.
FIIs
Já está disponível o relatório sobre ETFs que pagam dividendos no Brasil. Descubra se essa classe vale a pena.
VGIR11: O fundo perdeu posições, pois sua gestora cometeu alguns erros recentemente.
RZTR11: Na última semana a gestão fechou mais um bom negócio para o fundo. Dessa forma, ele mereceu ganhar algumas posições no ranking.
Globais
LLY: A Eli Lilly está expandindo sua capacidade produtiva com um investimento de US$5 bilhões em uma nova planta nos EUA e tem entregado resultados fortes. Contudo, a companhia perdeu posições no ranking de stocks por conta do seu valuation menos atrativo.
O ranking de REITs não sofreu alterações significativas essa semana.
Renda Fixa
Banco C6: Com crescimento consistente da carteira de crédito, melhora nos indicadores de eficiência, e inadimplência controlada, recomendamos a alocação em ativos de renda fixa emitidos pelo Banco C6.

Vale a pena investir em ETFs no Brasil pensando em receber dividendos?
Este relatório vai tirar essa dúvida — e muito mais!
Os ETFs pagadores de dividendos já são amplamente conhecidos nos EUA, mas foram apresentados à bolsa brasileira apenas em 2023. De lá para cá, muitos produtos surgiram, com estratégias bastante distintas.
Atualmente, apenas três ETFs investem em empresas brasileiras e distribuem rendimentos mensalmente. Um deles, o NDIV11, é o mais famoso, pois conta com a marca Nubank por trás.
Apesar de apreciarmos o recebimento de dividendos, neste relatório trazemos um aspecto interessante que deve ser considerado pelo investidor.

A Novo Nordisk divulgou resultados promissores para várias de suas drogas voltadas ao tratamento da obesidade e diabetes: o estudo com a versão em pílula diária do Wegovy mostrou perda de peso média de 16,6% entre participantes obesos ou com sobrepeso (sem diabetes), resultado quase igual ao da versão injetável semanal; mais de um terço dos pacientes conseguiram reduzir 20% ou mais de seu peso.
Além disso, outro estudo apontou que o Ozempic reduziu em 23% o risco combinado de ataque cardíaco, derrame ou morte em pessoas com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, quando comparado a um tratamento rival. As ações da Novo Nordisk reagiram bem no mercado.

A Eli Lilly é uma das líderes globais em biotecnologia farmacêutica, com foco crescente em terapias para diabetes, obesidade e doenças autoimunes. Seu portfólio é liderado por Mounjaro e Zepbound, que têm impulsionado forte crescimento operacional diante da alta demanda por medicamentos à base de GLP-1. No 2T25, a receita atingiu US$15,56 bilhões, com avanço anual de 38%, refletindo o sucesso comercial dessas terapias.
A companhia também está expandindo sua capacidade produtiva com um investimento de US$5 bilhões em uma nova planta nos EUA, visando maior autonomia na cadeia de suprimentos e preparação para futuras aprovações de produtos em desenvolvimento, como orforglipron, sua principal aposta oral contra obesidade. Apesar do momento favorável, a empresa ainda terá desafios relevantes, especialmente no que diz respeito à competição crescente, sustentabilidade da eficácia clínica dos novos produtos e à escalabilidade da produção em ritmo compatível com a demanda.
Para saber tudo sobre a empresa, acesse agora mesmo o relatório completo abaixo.

Em 19/09/2025, a Vale concluiu a formação da joint venture na Aliança Energia com a Global Infrastructure Partners, recebendo US$ 1 bilhão em caixa e permanecendo com 30% da sociedade, enquanto a GIP ficou com 70%. A nova estrutura passa a consolidar ativos como o parque solar Sol do Cerrado, a UHE Risoleta Neves, PCHs em Minas Gerais e parques eólicos no Rio Grande do Norte e no Ceará.
O acordo reforça a liquidez da Vale no curto prazo e aumenta a previsibilidade dos custos de energia, já que os contratos são firmados em dólar e não possuem indexação por inflação. Além de mitigar riscos operacionais com segurança de suprimento, a transação sustenta a estratégia de manter matriz 100% renovável no Brasil, liberando capital para as frentes core de mineração e metais de transição.

Mark Zuckerberg anunciou o lançamento dos óculos inteligentes Meta Ray-Ban Display durante a conferência Meta Connect, apresentando-os como um passo fundamental na estratégia da empresa de criar dispositivos capazes de substituir o smartphone e atuar como interface para uma “superinteligência” — uma inteligência artificial além da capacidade humana.
Os óculos permitem exibir mensagens, realizar chamadas de vídeo e interagir com o assistente de IA da Meta diretamente nas lentes, utilizando comandos de gestos por meio de uma pulseira considerada o primeiro dispositivo neural em escala comercial. O produto começará a ser vendido no fim do mês por US$799,00.
A apresentação, no entanto, também revelou fragilidades: uma chamada não pôde ser atendida devido a falhas de conexão e outro modelo não respondeu aos comandos de voz. Além disso, a Meta anunciou uma parceria com a Oakley para desenvolver óculos esportivos integrados a aplicativos de fitness, em um projeto que será fabricado pela chinesa Goertek.