
Ambipar (AMBP3) contratou a BR Partners (BRBI11) como assessor financeiro para conduzir negociações com credores em meio à crise de liquidez, com o objetivo de evitar um pedido de recuperação judicial. A escolha ocorre após discussões com outras casas e sucede a concessão de medida judicial que protege temporariamente a companhia de aceleração de dívidas. Para a BR Partners, o mandato reforça o fluxo de receitas em consultoria de reestruturação e pode gerar honorários relevantes caso haja acordo bem-sucedido. Para a Ambipar, a contratação sinaliza busca por solução negociada, mas o desfecho ainda depende do avanço das tratativas com bancos e bondholders.

O CVBI11 agora é o PCIP11. No entanto, essa não foi a única mudança ocorrida no fundo neste mês.
Em agosto, o fundo concluiu a incorporação do PLCR11 e do BARI11. Com isso, seu patrimônio líquido aumentou em mais de R$500 milhões, e sua carteira passou a contar com 122 CRIs.
O principal benefício dessa operação foi justamente o ganho em diversificação. A carteira do fundo está consideravelmente mais segura do que nos meses anteriores de 2025.
Acabamos de atualizar o relatório do fundo com todas as informações que você precisa saber sobre a operação. Confira nossa nova análise.

Analistas colocaram a Ambipar (AMBP3) em observação e disseram ver uma “ruptura” na capacidade de gestão de liquidez e na governança da companhia, após uma sequência de eventos que inclui a renúncia do CFO, a entrada com pedido de proteção judicial contra credores e um estresse nos bonds que levou o Deutsche Bank a exigir um aditivo de R$118 milhões com potencial de acelerar dívidas de até R$10 bilhões. Eles destacam que, depois de anos de expansão com mais de 70 aquisições, vieram à tona fragilidades no balanço e na estrutura societária, com referência a ineficiências fiscais, enquanto a ação afundou 46% entre a saída do executivo e o pedido de proteção e, em seguida, recuperou 26% em duas sessões. Data: 29 set 2025.
Em termos de métricas, a leitura dos analistas aponta dívida líquida de cerca de US$6,1 bilhões no fim de 2024 e projeta alavancagem de 3,2x dívida líquida/Ebitda em 2025; no 2º tri, a empresa reportou quase R$ 6 bilhões de dívida líquida, com alavancagem de 2,56x sobre o Ebitda anualizado. A avaliação é de que concorrentes como a Orizon podem capturar clientes em meio ao momento delicado e de que há riscos ligados a covenants, governança e reputação — fatores que elevam o custo de capital e pressionam o valor de mercado.

O JSRE11 é um dos ativos mais arriscados entre os que recomendamos. Dizemos isso porque o fundo pode ser impactado por diversas frentes: juros elevados, risco de vacância, concentração de receita e problemas de governança.
A gestão do Safra vem realizando um ótimo trabalho do ponto de vista imobiliário — o fundo apresenta uma das menores taxas de vacância entre os FIIs de lajes corporativas.
No entanto, sob o aspecto operacional, a transparência dos documentos do fundo é insatisfatória, e a gestora já demonstrou algumas práticas malvistas pelo mercado. Inclusive, não conseguimos descartar com 100% de certeza o risco de uma emissão abaixo do valor patrimonial (VP).
O cenário macroeconômico também impõe desafios, pois a dívida do fundo está atrelada ao CDI, o que resulta em despesas financeiras elevadas. Em 2025, os juros da dívida representaram mais de 50% de todas as despesas do fundo.
Todo esse risco é compensado por um alto potencial de retorno, já que o JSRE11 está sendo negociado com um desconto significativo. Certamente, não se trata de um fundo adequado para todo tipo de investidor.
Confira o relatório completo e avalie se o seu perfil é compatível com a proposta do JSRE11.

O relatório mostra que crescimento e criação de valor nem sempre andam lado a lado. O foco não deve estar apenas em aumentar receita ou participação de mercado, mas em gerar retornos consistentes acima do custo de capital. De forma clara e prática, o relatório traz exemplos de companhias que conseguiram transformar crescimento em valor e outras que ficaram pelo caminho, ajudando o investidor a enxergar essa diferença.

A JSL (JSLG3) vem se consolidando como um dos principais nomes do setor logístico brasileiro, combinando contratos de longo prazo, diversificação de clientes e ganhos de eficiência. A companhia tem avançado em soluções asset light, ampliando a geração de caixa e reforçando sua trajetória de desalavancagem, ao mesmo tempo em que mantém espaço para crescer em um mercado ainda bastante fragmentado.
No relatório completo, estão detalhadas as perspectivas para o negócio, os diferenciais competitivos e os riscos que merecem atenção. Acesse agora o relatório e confira a análise completa sobre JSL (JSLG3).

O MXRF11 está longe de estar barato. Olhando apenas para ele, já podemos considerá-lo acima do valor justo e, quando o comparamos com outros FIIs de papel, sua atratividade diminui ainda mais.
Muitos investidores acreditam que fundos negociados por volta de R$10 são mais baratos do que aqueles cotados a R$100. Trata-se de uma percepção equivocada.
Se um FII custa R$10, mas seu valor justo é R$9,50, ele está caro. Já um fundo de R$100 pode ter um valor justo de R$120, o que o tornaria uma oportunidade.
"Barato" e "caro" estão relacionados ao valor intrínseco do FII e, para fazer essa avaliação corretamente, é necessário considerar dados qualitativos e quantitativos. Apenas observar a cotação é um erro grave que faz o investidor desperdiçar oportunidades.
Neste mais novo relatório do MXRF11, mostramos como o fundo está mais caro que vários concorrentes.

Mais um resumo macro disponível.
Nesta semana, analisamos a ata do Copom, na qual constam as justificativas para a manutenção da Selic em 15%. Também observamos o resultado do IPCA-15, indicador considerado a prévia da inflação oficial do Brasil. Por fim, voltamos a destacar as mudanças na MP 1303.
A última ata do Copom deixou claro que o Brasil já ultrapassou a fase de alta de juros, mas ainda está distante de iniciar um ciclo de cortes.
O IPCA-15 de setembro veio abaixo da expectativa do mercado, o que gerou otimismo em relação à luta contra a inflação.
A polêmica MP 1303 continua sofrendo atualizações. O novo texto propõe uma alíquota de 7,5% de IR para LCIs e LCAs. Outro trecho da medida busca alterar a forma de contabilização dos resultados dos FIIs, o que seria especialmente prejudicial para os fundos de recebíveis.
Confira tudo isso no relatório completo.

O HGLG11, o XPML11 e o TRXF11 anunciaram novas emissões de cotas!
Tanto o HGLG11 quanto o TRXF11 buscam captar mais R$2 bilhões, enquanto o XPML11 foi mais tímido e tem como objetivo apenas R$200 milhões.
Como sabemos, estamos vivendo um cenário pouco favorável para novas captações, de forma que a grande maioria não é atrativa para o investidor pessoa física.
Esses três fundos se enquadram nesse grupo. Os preços de emissão das três ofertas superam a cotação dos fundos no mercado, portanto, não há incentivo financeiro para participação.
Em resumo, se bem-sucedidas, as emissões farão bem aos fundos, mas não contarão com nossa ajuda.

A ISA Energia (ISAE4) aprovou o pagamento de R$444,7 milhões em juros sobre o capital próprio (JSCP), equivalente a R$0,67 por ação ordinária e preferencial. O pagamento será realizado em três parcelas iguais de R$148,2 milhões, nos dias 28 de novembro, 12 de dezembro e 30 de dezembro de 2025.
Acionistas com posição na base até 30 de outubro receberão a primeira parcela, até 24 de novembro a segunda e até 17 de dezembro a terceira. As ações serão negociadas "ex-juros" a partir de 31 de outubro (primeira parcela), 25 de novembro (segunda) e 18 de dezembro (terceira).

A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, anunciou a contratação de Banco Lazard, Cleary Gottlieb e E. Munhoz Advogados para renegociar sua dívida, devido à alta alavancagem (dívida líquida 10x EBITDA) e ao ciclo de baixa do setor petroquímico, agravado por tarifas americanas e impasse na venda de seu controle pela Novonor.
Com risco de liquidez a partir de 2026 e um vencimento de US$1,39 bilhão em 2028, a companhia avalia venda de ativos, capitalização (com possível aporte da Petrobras), emissão de debêntures conversíveis e postergação de vencimentos. S&P, Fitch e Moody’s rebaixaram os ratings da empresa, apontando alta probabilidade de reestruturação em seis meses.

A Costco encerrou seu ano fiscal de 2025 mostrando mais uma vez a força do seu modelo de negócios baseado em escala, recorrência e eficiência operacional. As vendas cresceram de forma consistente tanto nas lojas físicas quanto no canal digital, e a lucratividade evoluiu mesmo com pressões inflacionárias e logísticas.
A companhia segue expandindo sua presença global com novas unidades e mantém margens saudáveis graças ao controle de custos e ao alto volume de transações. A base de associados também cresceu, com destaque para o aumento das assinaturas do plano Executive, que concentra a maior parte das vendas. Apesar de pequenas quedas nas taxas de renovação, o índice ainda é elevado e reforça a atratividade do serviço.
A companhia continua sendo um caso sólido de execução e disciplina, mas ainda não recomendamos a compra das ações devido ao valuation elevado. Seguimos acompanhando a empresa de perto, reconhecendo sua qualidade e mantendo-a no radar para possíveis oportunidades futuras.

A Costco vai divulgar seus resultados do quarto trimestre nesta quinta-feira, em meio a um cenário desafiador para o consumo, pressões de tarifas e concorrência acirrada de rivais como o Sam’s Club, do Walmart. A expectativa do mercado é de que as vendas no mesmo espaço nos EUA tenham avançado 6,1%, enquanto no Canadá o crescimento projetado é de 6,8% e nos mercados internacionais de 7,2%. Ao todo, a receita do período deve alcançar 86 bilhões de dólares. A empresa nos dará os principais sinais de como está o nível de consumo nos EUA.

A Vale (VALE3) encerrou 25 de setembro de 2025 em alta de 0,55%, a R$ 58,21, marcando o maior preço de tela do ano. O movimento acompanhou o avanço dos futuros do minério de ferro em Dalian, que subiram 0,25% para 805,5 iuanes (cerca de US$ 113/t), sustentados por recomposição de estoques antes do feriado do Dia Nacional da China e pelo monitoramento da disputa contratual entre a estatal China Mineral Resources Group e a BHP.
Analistas destacam um quadro construtivo para a mineradora, ancorado por disciplina operacional, redução de custos, capex mais contido e expectativa de geração de caixa robusta, mas alertam que a sustentação do rally depende do patamar do minério e da dinâmica de oferta e demanda nos próximos trimestres, incluindo a entrada gradual de novos projetos como Simandou. Em síntese, o curto prazo tende a permanecer favorável ao sentimento, enquanto o médio prazo segue sensível à trajetória da commodity.

A prévia dos dados do 3º trimestre de 2025 da Buildings revela sinais de força no mercado imobiliário corporativo. Com cerca de 90% das informações consolidadas, os setores de escritórios e logística mostram queda na vacância e forte absorção.
Em São Paulo, os escritórios de alto padrão seguem se recuperando. A taxa de vacância caiu para perto de 16% e o trimestre marcou o décimo período consecutivo de absorção líquida positiva, com quase 40 mil m² ocupados.
No setor logístico, o destaque foi a entrega de mais de 520 mil m² de galpões, como o Infinity Business Park em Extrema (MG). A absorção líquida somou 680 mil m², mantendo o ritmo, mesmo abaixo do trimestre anterior.
A vacância atingiu seu menor nível histórico, de 7,50%, e o preço pedido segue em alta.

A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, subiu 0,48% em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE. O índice veio após uma deflação de 0,14% em agosto e acumula alta de 3,76% no ano e 5,32% nos últimos 12 meses.
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA, portanto é um ótimo indicador para observarmos a trajetória do índice de inflação oficial do Brasil. Ele antecipa tendências e permite acompanhar os principais movimentos de preços no país.
Dos nove grupos de consumo avaliados, cinco apresentaram aumento. O destaque foi Habitação, com alta de 3,31%, puxada pela energia elétrica, que subiu 12,17% após o fim do Bônus de Itaipu e a volta da bandeira vermelha patamar 2.
Alimentação e bebidas seguiram em queda, com recuo de 0,35%, impulsionado por produtos como tomate, cebola e arroz.
Outros grupos com alta foram Vestuário (0,97%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,36%), Despesas Pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Todos com impacto moderado no índice geral. Entre as quedas, também recuaram Transportes (-0,35%), Artigos de Residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%).

O fundo imobiliário TEPP11 segue mostrando força e consistência. Em agosto, manteve a vacância física zerada pelo 23º mês consecutivo e distribuiu R$0,74 por cota, com yield anualizado de 11,72%.
Além da distribuição estável, a gestão avançou em melhorias nos imóveis do portfólio, como a instalação de reconhecimento facial no Torre Sul e a modernização do lobby do Edifício Fujitsu. Essas ações visam agregar valor e atratividade aos ativos.
No Edifício Passarelli, a renegociação com um inquilino elevou o aluguel em 25,56%, além de garantir receita retroativa. Já no FL 1355, seguem obras de acessibilidade e estudos de expansão.
Mesmo com o cenário de juros altos, a gestão avalia vendas estratégicas e mantém caixa suficiente para honrar dívidas até 2027, sem depender de novas emissões ou desinvestimentos forçados.
Com atuação ativa e foco na valorização dos ativos, o TEPP11 reforça seu compromisso com a geração de valor aos cotistas, mantendo uma das maiores distribuições entre os FIIs de lajes corporativas.

O BR Partners apresentou resultados resilientes no 2T25, com receita de R$ 139,3 milhões, leve queda de 1,9% na comparação anual, mas crescimento de 9,3% em relação ao trimestre anterior. O recuo de 17% no investment banking, impactado pela menor atividade de M&A, foi compensado pelo avanço de 27% em treasury sales and structuring e 23,5% na remuneração de capital próprio. A disciplina de custos sustentou um aumento de 9,6% no lucro operacional, para R$ 63,9 milhões, enquanto o lucro líquido recuou 13% para R$ 45,2 milhões em razão da maior carga tributária. Ainda assim, a instituição preservou fundamentos sólidos, com margem líquida de 32,4%, ROAE de 22,6% e índice de eficiência em 43,3%, além de aprovar dividendos de R$ 0,36 por unit, representando um yield atrativo de cerca de 9,5%.
Mesmo com esses indicadores robustos e a consolidação do banco como um player relevante no setor, sustentado por vantagens competitivas claras e elevada saúde financeira, entendemos que as ações estão precificadas acima de seu valor justo, o que limita a margem de segurança para novas entradas. Assim, apesar da resiliência dos resultados e da capacidade de manter margens elevadas em um ambiente desafiador, optamos por rebaixar a recomendação de BRBI11 de COMPRA para AGUARDE, em linha com nossa filosofia de investimento focada em alocação eficiente de capital.

A Chevron informou que deve registrar uma perda de até 400 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2025, ligada ao processo de aquisição da Hess Corporation. O impacto está relacionado a ajustes contábeis e custos associados à integração, em um momento em que a companhia busca ampliar sua presença no setor de energia e reforçar sua posição em ativos estratégicos.
Mesmo com o efeito negativo de curto prazo, a Chevron considera que a operação trará ganhos estruturais no médio e longo prazo, especialmente pela exposição da Hess a reservas de petróleo na Guiana. A empresa segue em nosso ranking de recomendadas.

A Netflix reportou no segundo trimestre de 2025 uma alta de 15,9% na receita, impulsionada pelo avanço do plano com anúncios e pela repressão ao compartilhamento de contas. A companhia registrou cerca de 95 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre, reforçando o engajamento da base de usuários e a mudança de foco para métricas de uso e receita por cliente, além de ampliar o programa de recompra de ações.
A estratégia de diversificação inclui investimentos em conteúdo original, transmissões ao vivo e eventos esportivos, enquanto a frente de publicidade deve dobrar de receita ainda neste ano. Apesar da concorrência acirrada e dos riscos macroeconômicos, a empresa vê nas medidas contra o compartilhamento de senhas uma das maiores oportunidades de monetização, com potencial relevante para sustentar o crescimento global. A companhia segue sem recomendação, mas em nosso radar.