
A SLC Agrícola (SLCE3) anunciou acordos de associação com FIPs administrados pelo BTG Pactual para aquisição e arrendamento de terras agrícolas, investimentos em irrigação, infraestrutura e contratos de parceria rural. A estrutura envolve SPEs com 50,01% da SLC e 49,99% dos FIPs, totalizando aportes de R$1,033 bilhão (R$914 milhões à vista e R$119 milhões em 2026).
Os recursos financiarão a compra de 21.471 hectares agricultáveis da Fazenda Paladino por R$723 milhões (duas parcelas de R$361,5 milhões em 2025 e março de 2026), além de infraestrutura das Fazendas Piratini (R$86 milhões) e Paladino (R$27 milhões), avaliadas por terceiros independentes.
As SPEs celebrarão parcerias rurais de 18 anos (prorrogáveis a cada 3 anos) com a SLC como operadora, compartilhando 19% da produção de grãos e fibras. Os projetos de irrigação incluem: Fazenda Piratini (6.303 hectares adicionais até 2026, total 13.204 hectares) e Fazenda Paladino (14.730 hectares entre 2028 e 2030, sujeito a licenças de água e energia).

Empresas brasileiras, incluindo de capital aberto, aceleram movimentos para distribuir dividendos isentos de Imposto de Renda antes da tributação de 10% a partir de 2026, aprovada pelo Senado no PL 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção de IR para rendas até R$5 mil. O foco é no estoque de lucros acumulados desde 1995, com opções como emissão de dívida (debêntures) ou uso de caixa para pagamentos antecipados em 2025, capitalizando o restante. Para S.A., o conflito é com a Lei das S.A., que exige pagamento no mesmo exercício do anúncio, mas o PL permite distribuição até 2028 se aprovada até fim de 2025 (possível extensão para abril de 2026). Exemplos incluem a Axia (ex-Eletrobras), que anunciou R$4,3 bilhões em dividendos intermediários usando reservas estatutárias, pagos ainda em 2025.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), regulador do mercado de capitais brasileiro, recorreu à Justiça em 7 de novembro de 2025 para acessar dados contábeis e financeiros da Ambipar (AMBP3), em petição à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A autarquia alega não ter recebido documentos obrigatórios para o pedido de recuperação judicial da companhia, como demonstrações contábeis recentes, contratos com instituições financeiras, credores e lista completa de empregados. A petição, assinada pela procuradora federal Luciana Silva Alves, questiona se os arquivos foram apenas omitidos ou não apresentados em juízo.
A CVM destaca a discrepância entre o caixa elevado de R$4,7 bilhões nas demonstrações do 2T25 (encerrado em 30 de junho de 2025) e o pedido de proteção contra credores em 24 de setembro, motivado por chamadas de margem em swap cambial com o Deutsche Bank (R$60 milhões não pagos, expondo a vencimentos antecipados de dívidas). Os dados de caixa foram entregues sob sigilo em envelope lacrado ao juiz, inacessíveis até para credores.
A autarquia argumenta que sigilo não se aplica a companhias abertas e que o acesso é essencial para análise regulatória.

O Nubank fechou uma parceria com a Amazon para integrar o NuPay ao checkout da varejista no Brasil e oferecer condições especiais de pagamento aos seus clientes. Anunciada em 5 de novembro de 2025, a iniciativa prevê um limite extra de crédito para elegíveis e a opção de parcelamento em até 24 vezes com juros, em implementação gradual nas próximas semanas. A Amazon afirma que a flexibilidade de pagamento é decisiva na conversão de compras on-line no país, enquanto o Nubank enxerga a combinação entre sua plataforma de crédito e o catálogo da varejista como um passo para melhorar a experiência de milhões de consumidores brasileiros.
O acordo chega às vésperas da Black Friday e do Natal, ampliando o arsenal competitivo no e-commerce doméstico. A Amazon vem reforçando sua estratégia local, inclusive com iniciativas logísticas e expansão rápida de sortimento, e a parceria com o Nubank adiciona uma alavanca de crédito que pode aumentar ticket médio e frequência de compra. Para o banco digital, o parcelamento com juros dentro de um ecossistema de grande tráfego tende a fortalecer receitas de crédito, embora o mercado brasileiro ainda seja dominado por transações sem juros. No pano de fundo, o avanço de rivais como Mercado Livre e seu braço financeiro, o Mercado Pago, ajuda a explicar a corrida por soluções que reduzam fricção no pagamento e elevem a conversão.
A Amazon já mantém um cartão co-branded com o Bradesco no país, e a entrada do NuPay adiciona mais uma via de relacionamento financeiro com a base de usuários da plataforma. Em termos de impacto setorial, o movimento pressiona incumbentes no canal on-line ao oferecer crédito direcionado no ponto de venda, com potencial de redistribuir volumes entre emissores e adquirentes durante o pico sazonal.

A CPFL Energia anunciou, em 6 de novembro de 2025, a assinatura de acordo com a AES Guaíba II Empreendimentos para encerrar um processo arbitral iniciado em 2019. A AES pagou R$210,2 milhões à CPFL e à sua controlada RGE Sul Distribuidora de Energia, quitando todos os pleitos discutidos no processo.

O Welltower opera exclusivamente no setor de ativos imobiliários voltados para a saúde, com foco na convergência entre habitação assistida, cuidados a idosos, atendimento ambulatorial e infraestrutura médica especializada.
A companhia atua como gestora de portfólio imobiliário para operadores terceirizados do setor de cuidados à saúde, operando sob modelos contratuais que preservam sua exposição ao ativo físico, ao mesmo tempo em que transferem o risco operacional dos serviços para seus parceiros operacionais. Acesse o relatório completo a seguir.

Muitas dúvidas surgem em relação aos e-mails de convocação para assembleia enviados pelos fundos imobiliários. Recentemente, o BTG encaminhou uma mensagem aos cotistas do VGIP11 e do VGIR11.
As assembleias são momentos em que o cotista de um FII pode expressar sua opinião sobre determinados temas. Apesar de o gestor ter liberdade para tomar diversas decisões dentro do fundo, algumas precisam ser aprovadas pelos verdadeiros donos: os cotistas.
A grande maioria das assembleias não possui relevância significativa e, nos casos que realmente merecem atenção, nós costumamos avisar nossos assinantes.
É importante saber que não há qualquer prejuízo se você não votar em uma assembleia. O voto é um direito, não uma obrigação.
Portanto, ao receber o próximo e-mail de um FII, não se assuste — trata-se apenas de um procedimento normal desse tipo de investimento.

O HGLG11 concluiu a aquisição de imóveis em Cariacica (ES).
Foram adquiridos dois galpões performados, um módulo em fase de construção e um módulo especulativo.
Os imóveis já construídos estão locados para Arezzo, Whirlpool e Suzano. O módulo em construção já possui contrato de locação firmado com a Arezzo.
O módulo especulativo recebe essa denominação por estar sendo construído sem locatário definido; portanto, o fundo precisará buscar um inquilino.
A região de Cariacica vem apresentando bons indicadores e tem como grande atrativo a proximidade com a capital, Vitória.
Avaliamos a transação de forma positiva, principalmente por contribuir para a diversificação geográfica do HGLG11.

O TEPP11 anunciou várias movimentações!
Em primeiro lugar, o fundo pretende adquirir um novo imóvel localizado na Avenida Paulista. O alvo da aquisição é um prédio corporativo integrado a um shopping, o que atrai bom fluxo para o empreendimento.
Para concluir essa compra, será necessária a realização da 4.ª emissão de cotas do fundo, a qual precisará ser aprovada em assembleia.
Na mesma assembleia, a gestão propôs a aprovação do desdobramento de cotas do fundo na proporção de 1 para 10. Nesse caso, cada cotista receberia mais 9 cotas, e o preço seria dividido por 10.
A aquisição é positiva, mas a proposta de desdobramento nos parece desnecessária, apesar de compreendermos seus motivos.
No geral, trata-se de um fundo de que gostamos bastante e no qual vemos grande potencial de valorização.

O Itaú Unibanco divulgou em 4 de novembro de 2025 um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,9 bilhões no 3º trimestre, avanço de 11% na comparação anual e em linha com a mediana de projeções da Reuters. O ROE consolidado atingiu 23,3% (Brasil em 24,2%), num trimestre marcado por índice de eficiência no Brasil de 37,7%, melhor patamar para um terceiro trimestre. A margem financeira somou R$ 31,4 bilhões, com alta de 10,1% na comparação anual, e o banco revisou para cima o guidance de margem com o mercado em 2025 para R$ 3,0 a R$ 3,5 bilhões, mantendo as demais projeções.
Na qualidade do crédito, a inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 1,9%, enquanto o indicador de 15 a 90 dias subiu para 2,0% principalmente por um único caso corporativo já provisionado; sem esse efeito, os níveis permaneceriam próximos aos do trimestre anterior. A carteira total cresceu 6,4% ano a ano, com destaques em pessoa física e avanço em empresas, e o capital nível I encerrou o período em 14,8%. No comparativo setorial, o banco seguiu à frente de Bradesco e Santander Brasil em rentabilidade no trimestre. O conjunto dos números reforça a tese de execução consistente do Itaú, com eficiência e capital sólidos sustentando prêmio de valuation, ainda que a piora pontual no early delinquency recomende monitoramento.

Na assembleia anual da Tesla nesta quinta-feira, o destaque será o novo pacote de remuneração de US$1 trilhão proposto para Elon Musk. O fundo soberano da Noruega, dono de 1,2% da empresa, anunciou voto contra, alegando o tamanho da premiação e o risco de dependência excessiva do CEO. Ainda assim, o plano deve ser aprovado, já que Musk conta com forte apoio entre acionistas individuais.
Além do pacote, a reunião votará a reeleição de diretores e discutirá o papel da xAI, empresa de inteligência artificial criada por Musk. O executivo, que detém 13% da Tesla, afirmou que precisa manter controle sobre a companhia para seguir expandindo suas ambições tecnológicas — incluindo o desenvolvimento de robôs e IA.

A Unifique Telecomunicações S.A. anunciou, em 1º de novembro de 2025, a aquisição da CCS Telecom por R$70,6 milhões (Equity Value), com pagamento de 30% à vista (R$21,4 milhões), 60% em 36 parcelas corrigidas por IPCA e 10% retido por 60 meses como garantia. A CCS Telecom, com 24.968 acessos de fibra óptica em Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Itapema e Ilhota (SC), opera desde 1990. A transação inclui cláusula de não concorrência de 5 anos e ajustes por receita, dívida e caixa, com fechamento em 1º de novembro.
Adicionalmente, a Unifique adquiriu a carteira de clientes da 3SNET por R$12,4 milhões, com pagamento inicial de R$10,5 milhões (incluindo memorando) e 24 parcelas de R$65.625 corrigidas por IPCA. A 3SNET atende 5.231 clientes em Indaial (SC) desde 2019, com locação de infraestrutura e promessa de compra futura.
A companhia também comprou a carteira da SerraNet por R$4,26 milhões, com 50% à vista e 24 parcelas de R$88.750 corrigidas por IPCA. A SerraNet, com 3.104 acessos em Cambará do Sul e São Francisco de Paula (RS) desde 2016, envolve compartilhamento de rede.
As operações fortalecem a base de fibra óptica em SC e RS, expandem infraestrutura para 5G e TV por assinatura, com cláusulas de não concorrência de 5 anos. Não exigem aprovação societária, conforme Lei das S.A.

A Bunge, líder mundial em soluções para o agronegócio, está negociando a compra da participação de 22% da Trigono Capital na Kepler Weber (KEPL3), empresa brasileira especializada em silos e armazéns agrícolas, conforme reportado pelo O Globo. A Trigono é o maior acionista minoritário da Kepler Weber, com posição consolidada há anos. Caso concretizada, a operação reforçaria a presença da Bunge no ecossistema agroindustrial brasileiro.

A Shell contratou a Lazard para avaliar alternativas de capitalização da Raízen que não resultem em transferência de controle, segundo reportagem publicada em 3 de novembro de 2025. As discussões incluem a entrada de um investidor estratégico e a possibilidade de um follow-on, potencialmente com desconto e bônus de subscrição. Fontes mencionam a hipótese de um aporte que pode chegar a cerca de US$1 bilhão. Em paralelo, a Raízen segue executando desinvestimentos, com a venda de ativos na Argentina em processo avançado, movimento estimado pelo mercado na casa de US$1,5 bilhão.
A sinalização de reforço de capital endereça a necessidade de reduzir alavancagem e fortalecer a estrutura financeira da companhia em um contexto de juros mais altos e margens pressionadas em alguns elos da cadeia. Caso a operação envolva emissão de ações, o desenho final será determinante para a reação do mercado, já que a melhora de balanço convive com o risco de diluição para os atuais acionistas. A eventual entrada de um novo sócio de longo prazo tende a ser vista como validação do plano estratégico e pode reduzir a percepção de risco operacional.
Para a Cosan, acionista relevante da Raízen, a notícia dialoga com os esforços recentes de reforço de liquidez no nível holding. Uma Raízen mais capitalizada e com cronograma de desinvestimentos avançando tende a aliviar a necessidade de suporte financeiro por parte da controladora e a diminuir o risco agregado do portfólio. No curto prazo, o foco recai sobre o formato, o preço e o cronograma de uma possível oferta, bem como sobre a composição do grupo de investidores interessados. No médio prazo, a combinação de capital novo com monetização de ativos não core pode destravar valor ao reduzir o custo de capital, sustentar o plano de investimentos e melhorar a previsibilidade de geração de caixa.

Em 3 de novembro de 2025, a Opep+ decidiu manter um pequeno aumento na produção de petróleo apenas em dezembro (+137 mil barris/dia) e pausar novos incrementos entre janeiro e março de 2026. A medida reflete o receio do grupo de que a oferta avance mais rápido que a demanda no primeiro trimestre, historicamente mais fraco, e busca preservar preços diante de sinais de excesso de oferta.
Desde abril, a Opep+ vinha elevando gradualmente as metas — cerca de +2,9 milhões de barris/dia (≈2,7% da oferta global) — mas desacelerou o ritmo em outubro à luz de projeções de superávit no mercado. O ajuste atual combina uma “ponte” de curto prazo (a alta de dezembro) com gestão mais cautelosa no início de 2026, dando tempo para avaliar a dinâmica de estoques e os efeitos das sanções.
O pano de fundo inclui novas sanções dos EUA e do Reino Unido contra Rosneft e Lukoil, que podem limitar a capacidade da Rússia — membro-chave do grupo — de continuar aumentando a produção. Essa incerteza sobre a oferta russa ajuda a explicar a postura mais conservadora do cartel.
Nos preços, o petróleo tocou cerca de US$ 60/barril em 20 de outubro (mínima de cinco meses) e se recuperou para perto de US$ 65 nas semanas seguintes. A pausa nos aumentos durante o primeiro trimestre tende a atuar como piso tático, embora a elevação de dezembro possa adicionar alguma volatilidade de curtíssimo prazo.
Em síntese, a mensagem da Opep+ é de proteção de preços e tempo para avaliar: o grupo sinaliza unidade, reconhece a sazonalidade negativa do primeiro trimestre e indica disposição para calibrar a oferta se o balanço global voltar a afrouxar. Para investidores, o recado é de um Brent menos assimétrico para baixo no início de 2026, ainda sujeito a choques geopolíticos e à trajetória da demanda.

Atualização Ranking da Semana 03-11-25
Ações
Estamos na metade da temporada de resultados, e algumas empresas que estão em nossa plataforma já divulgaram seus números. Ao longo dos próximos dias, estaremos atualizando e trazendo as informações mais recentes.
Não houve alterações no ranking.
FIIs
O ranking de FIIs não sofreu alterações essa semana.
Destacamos a abertura de uma nova oportunidade em alguns fundos de recebíveis, especialmente no VGIP11, PCIP11 e RBRR11.
Esses FIIs sofreram reduções nos rendimentos em função da queda da inflação — movimento que ainda pode se prolongar.
Seguimos monitorando o cenário para identificar o melhor momento de compra. Vale lembrar que o RBRR11 já ocupa uma posição privilegiada em nosso ranking.
Globais
NKE: a Nike atravessa uma fase de transição estratégica que tem pressionado sua rentabilidade, resultando em perda de posições no ranking de ações.
O ranking de REITs não sofreu alterações essa semana.

O Bradesco encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões, alta de 18,8% sobre um ano antes e em linha com as expectativas do mercado. O retorno sobre o patrimônio avançou para 14,7%, mostrando mais um passo de recuperação da rentabilidade. A carteira de crédito ultrapassou R$ 1 trilhão e cresceu 9,6% em doze meses, com avanço de 13,8% em pessoas físicas e 6,5% em empresas, enquanto a inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 5,4%. Por outro lado, as despesas com provisões subiram 20% na comparação anual, para R$ 8,5 bilhões, refletindo um tom mais cauteloso em meio a juros mais altos. Receitas totais somaram R$ 35,0 bilhões, com margem financeira de R$ 18,7 bilhões e serviços em R$ 10,5 bilhões, apoiados por consórcios, cartões, crédito e administração de fundos. No guidance, o banco superou a faixa projetada para crescimento da carteira e registrou desempenho acima do esperado em seguros, previdência e capitalização, ainda que as despesas operacionais tenham ficado um pouco acima do intervalo indicado. Publicada em 29 de outubro de 2025, a divulgação reforça a estratégia de crescimento gradual e foco na qualidade dos ativos sob a gestão de Marcelo Noronha, sugerindo cenário construtivo para bancos incumbentes, mesmo com pressão de provisões e custos.

A Meta Platforms apresentou resultados sólidos, impulsionados pelo bom desempenho em anúncios e pelo avanço da inteligência artificial em suas plataformas. O trimestre foi afetado por um impacto fiscal não recorrente decorrente de mudanças na legislação tributária dos EUA, que reduziu o lucro líquido reportado, embora o resultado operacional ajustado tenha superado as expectativas. O crescimento de usuários e o aumento nas impressões reforçam a resiliência do principal negócio da companhia.
A divisão de aplicativos segue como principal fonte de rentabilidade, enquanto o segmento de metaverso continua pressionando margens. A empresa ampliou projeções de investimento em infraestrutura e IA, priorizando data centers e eficiência operacional. Os resultados refletem a consolidação da estratégia de longo prazo em inteligência artificial, mesmo diante de custos crescentes e desafios de curto prazo na rentabilidade. Seguimos acreditando na tese em nosso ranking.

A Grendene apresentou um trimestre de crescimento consistente, sustentado por aumento do ticket médio e foco em produtos de maior valor agregado. A receita líquida somou R$ 555 milhões, alta de 15,6% frente ao 2T24, e o lucro líquido atingiu R$ 143 milhões, impulsionado pelo ganho não recorrente e pelo resultado financeiro positivo. O EBITDA cresceu cerca de 70%, com margem de 13%, refletindo maior eficiência operacional e controle de custos. O bom desempenho das marcas Melissa, Rider e Zaxy, aliado à expansão dos canais digitais, sustentou o avanço das vendas domésticas, enquanto as exportações subiram 73%, favorecidas pela valorização do dólar e presença ampliada em mercados estratégicos.
Com R$ 1,8 bilhão em caixa líquido e geração de caixa operacional de R$ 180 milhões, a companhia reforça sua solidez financeira e capacidade de seguir remunerando os acionistas. O trimestre consolida a Grendene como uma das empresas mais eficientes do setor, equilibrando crescimento, margens robustas e disciplina na alocação de capital — fundamentos que sustentam sua posição de destaque e o potencial de valorização no médio prazo.

A Prio informou em 29 de outubro de 2025 que aprovou um aumento de capital de R$ 2 bilhões por meio de reclassificação contábil, sem emissão de novas ações e sem entrada de recursos, elevando o capital social de R$ 13,7 bilhões para R$ 15,7 bilhões. Segundo a companhia, a operação incorpora ao capital valores já existentes na “Reserva de Investimentos” e tem como objetivo fortalecer a estrutura societária para dar suporte a aquisições e projetos, incluindo a compra dos 60% remanescentes dos campos de Peregrino e Pitangola, além da manutenção e desenvolvimento de ativos. Por se tratar de reorganização do patrimônio líquido, a empresa destacou que não há efeito econômico ou financeiro imediato. O movimento sinaliza disciplina de capital e preparação para o ciclo de investimentos, sem impacto dilutivo para os acionistas no curto prazo.