
Ações
BRAV3: A companhia apresentou um resultado com avanços importantes no front operacional, incluindo aumento de produção e redução no custo de extração. Ainda assim, a geração de caixa segue pressionada pelo nível elevado de capex, o que limita, por ora, a sustentabilidade financeira dessa evolução.
FIQE3: Entregou um resultado muito forte, com queda relevante na evasão de clientes e ganhos de eficiência operacional, refletindo em margens superiores às nossas estimativas. O desempenho reforça a capacidade da companhia em capturar valor com disciplina e execução.
FIIs
HGCR11: O fundo enfrentou uma forte desvalorização na semana passada, porém sem nenhuma justificativa racional. Isso abriu uma boa janela de compra.
Globais
XOM: A ExxonMobil tem ampliado sua produção nos principais polos estratégicos, especialmente na Bacia do Permian e na margem equatorial. Apesar do preço atual do petróleo manter os lucros levemente pressionados, a companhia continua apresentando uma sólida saúde financeira — uma das melhores do setor. Ainda assim, o papel está sendo negociado acima do que consideramos sua margem de segurança, o que fez a empresa perder algumas posições no nosso ranking de stocks.
O ranking de REITs segue sem alterações significativas essa semana.

A TSMC registrou em outubro o crescimento mais lento de receita em 18 meses, com alta de 16,9%, em linha com as estimativas, mas indicando uma moderação após o forte ciclo de demanda por chips de inteligência artificial. O resultado reflete o debate atual sobre a sustentabilidade do boom da IA, já que parte do mercado teme uma desaceleração nas encomendas e nos investimentos após a valorização expressiva das ações de semicondutores ao longo do ano.
Mesmo assim, o otimismo persiste entre as grandes empresas de tecnologia. Meta, Alphabet, Amazon e Microsoft planejam investir mais de 400 bilhões de dólares em IA em 2026, um aumento de 21% sobre 2025. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, reforçou que a demanda segue em alta e pediu à TSMC maior capacidade de produção, mostrando que, apesar da cautela dos investidores, o setor ainda opera em forte expansão.

A Raízen S.A. (RAIZ4), anunciou a venda da Usina Continental, em Colômbia (SP), com capacidade de 2 milhões de toneladas por safra, além da cessão de cana própria e contratos de fornecedores, para o Grupo Colorado. O valor total da operação é de R$750 milhões, incluindo investimentos em manutenção de entressafra assumidos pelo comprador, com pagamento à vista no fechamento, sujeito a ajustes usuais.
A transação otimiza o portfólio da Raízen, simplificando operações e melhorando rentabilidade agroindustrial. Após essa e outras vendas anunciadas, a companhia operará 24 usinas, com capacidade de 73 milhões de toneladas por safra. O fechamento depende de aprovação do CADE e cumprimento de condições precedentes. A Raízen manterá o mercado informado sobre desdobramentos.

XOM: A ExxonMobil tem ampliado sua produção nos principais polos estratégicos, especialmente na Bacia do Permian e na margem equatorial. Apesar do preço atual do petróleo manter os lucros levemente pressionados, a companhia continua apresentando uma sólida saúde financeira — uma das melhores do setor. Ainda assim, o papel está sendo negociado acima do que consideramos sua margem de segurança, o que fez a empresa perder algumas posições no nosso ranking de stocks. Para mais informações, leia o relatório completo.

A Kepler Weber S.A. (KEPL3), líder em equipamentos para armazenagem e pós-colheita de grãos na América Latina, divulgou, em 10 de novembro de 2025, esclarecimentos sobre a proposta não-vinculante da A-AG Holdco, Limited (GPT) para combinação de negócios. O preço indicativo é de R$11,00 por ação, representando um prêmio de 48,3% sobre o VWAP dos últimos 60 dias antes da exclusividade concedida em 16 de outubro de 2025.
Até 90 dias após a assinatura de documentos definitivos, a companhia pode pagar dividendos conforme sua política (até 47,5% do lucro anual), sem impacto no preço. Entre o 91º dia e o fechamento (ou 180 dias), o preço será ajustado por dividendos pagos, acrescido de CDI. A diligência e negociações prosseguem, sem acordo vinculante além da exclusividade. A Kepler manterá o mercado informado.

Na semana de 3 a 7 de novembro, o Ibovespa cravou novos recordes intradia e de fechamento e encerrou a sexta-feira aos 154 mil pontos, acumulando alta de 3,02% no período. O pano de fundo foi a temporada de balanços e a decisão unânime do Copom, em 5 de novembro, de manter a Selic em 15% ao ano, reforçando um viés monetário contracionista por mais tempo. O dólar à vista recuou 0,83% na semana, fechando a R$ 5,3357, enquanto no exterior pesaram ruídos como o prolongado shutdown nos EUA. Nesse ambiente, Vamos (VAMO3) liderou os ganhos do índice impulsionada pela expectativa pelos números do 3T25 e pela prévia operacional divulgada no fim de outubro mostrando receita líquida de R$ 1,529 bilhão, alta de 25,2% ano a ano. Entre os grandes nomes, Petrobras também contribuiu para a ponta positiva após reportar lucro de US$ 6,03 bilhões no 3T25 e aprovar dividendos intercalares de R$ 12,16 bilhões, equivalentes a R$ 0,94 por ação. Do lado negativo, Minerva (BEEF3) foi a maior queda após o rali pós-resultados, com investidores realizando lucros apesar do avanço robusto de receita, Ebitda e geração de caixa. A semana ainda trouxe pressão nas ações da Raízen (RAIZ4) e realizou perdas em PetroReconcavo (RECV3), refletindo um ajuste de curto prazo mais ligado a fluxo e sensibilidade setorial do que a mudanças de fundamento. Publicada em 8 de novembro de 2025 (atualizada em 7 de novembro), a matéria destaca um mercado que premia execução e previsibilidade, favorecendo narrativas de crescimento com disciplina financeira e deixando cíclicos mais expostos a idiossincrasias de preço e notícias.

A Petrobras obteve do Ibama autorização para ampliar a capacidade de seis plataformas em até 115 mil barris por dia, movimento que, por causa da presença de sócios em alguns ativos, representa um incremento líquido estimado em 90 mil barris diários para a estatal. Entre as unidades contempladas está o FPSO Almirante Tamandaré, em Búzios, cuja capacidade passou de 225 mil para 270 mil barris por dia. Anunciada em 7 de novembro de 2025, a decisão vem na esteira de um trimestre em que a companhia registrou recorde de exportações de petróleo e lucro acima do consenso, sugerindo que a combinação de licenças ambientais concedidas e projetos maduros no pré-sal deve sustentar volumes, diluir custos unitários e reforçar a geração de caixa mesmo em um cenário de volatilidade do Brent.

A SLC Agrícola (SLCE3) anunciou acordos de associação com FIPs administrados pelo BTG Pactual para aquisição e arrendamento de terras agrícolas, investimentos em irrigação, infraestrutura e contratos de parceria rural. A estrutura envolve SPEs com 50,01% da SLC e 49,99% dos FIPs, totalizando aportes de R$1,033 bilhão (R$914 milhões à vista e R$119 milhões em 2026).
Os recursos financiarão a compra de 21.471 hectares agricultáveis da Fazenda Paladino por R$723 milhões (duas parcelas de R$361,5 milhões em 2025 e março de 2026), além de infraestrutura das Fazendas Piratini (R$86 milhões) e Paladino (R$27 milhões), avaliadas por terceiros independentes.
As SPEs celebrarão parcerias rurais de 18 anos (prorrogáveis a cada 3 anos) com a SLC como operadora, compartilhando 19% da produção de grãos e fibras. Os projetos de irrigação incluem: Fazenda Piratini (6.303 hectares adicionais até 2026, total 13.204 hectares) e Fazenda Paladino (14.730 hectares entre 2028 e 2030, sujeito a licenças de água e energia).

Empresas brasileiras, incluindo de capital aberto, aceleram movimentos para distribuir dividendos isentos de Imposto de Renda antes da tributação de 10% a partir de 2026, aprovada pelo Senado no PL 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção de IR para rendas até R$5 mil. O foco é no estoque de lucros acumulados desde 1995, com opções como emissão de dívida (debêntures) ou uso de caixa para pagamentos antecipados em 2025, capitalizando o restante. Para S.A., o conflito é com a Lei das S.A., que exige pagamento no mesmo exercício do anúncio, mas o PL permite distribuição até 2028 se aprovada até fim de 2025 (possível extensão para abril de 2026). Exemplos incluem a Axia (ex-Eletrobras), que anunciou R$4,3 bilhões em dividendos intermediários usando reservas estatutárias, pagos ainda em 2025.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), regulador do mercado de capitais brasileiro, recorreu à Justiça em 7 de novembro de 2025 para acessar dados contábeis e financeiros da Ambipar (AMBP3), em petição à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A autarquia alega não ter recebido documentos obrigatórios para o pedido de recuperação judicial da companhia, como demonstrações contábeis recentes, contratos com instituições financeiras, credores e lista completa de empregados. A petição, assinada pela procuradora federal Luciana Silva Alves, questiona se os arquivos foram apenas omitidos ou não apresentados em juízo.
A CVM destaca a discrepância entre o caixa elevado de R$4,7 bilhões nas demonstrações do 2T25 (encerrado em 30 de junho de 2025) e o pedido de proteção contra credores em 24 de setembro, motivado por chamadas de margem em swap cambial com o Deutsche Bank (R$60 milhões não pagos, expondo a vencimentos antecipados de dívidas). Os dados de caixa foram entregues sob sigilo em envelope lacrado ao juiz, inacessíveis até para credores.
A autarquia argumenta que sigilo não se aplica a companhias abertas e que o acesso é essencial para análise regulatória.

O Nubank fechou uma parceria com a Amazon para integrar o NuPay ao checkout da varejista no Brasil e oferecer condições especiais de pagamento aos seus clientes. Anunciada em 5 de novembro de 2025, a iniciativa prevê um limite extra de crédito para elegíveis e a opção de parcelamento em até 24 vezes com juros, em implementação gradual nas próximas semanas. A Amazon afirma que a flexibilidade de pagamento é decisiva na conversão de compras on-line no país, enquanto o Nubank enxerga a combinação entre sua plataforma de crédito e o catálogo da varejista como um passo para melhorar a experiência de milhões de consumidores brasileiros.
O acordo chega às vésperas da Black Friday e do Natal, ampliando o arsenal competitivo no e-commerce doméstico. A Amazon vem reforçando sua estratégia local, inclusive com iniciativas logísticas e expansão rápida de sortimento, e a parceria com o Nubank adiciona uma alavanca de crédito que pode aumentar ticket médio e frequência de compra. Para o banco digital, o parcelamento com juros dentro de um ecossistema de grande tráfego tende a fortalecer receitas de crédito, embora o mercado brasileiro ainda seja dominado por transações sem juros. No pano de fundo, o avanço de rivais como Mercado Livre e seu braço financeiro, o Mercado Pago, ajuda a explicar a corrida por soluções que reduzam fricção no pagamento e elevem a conversão.
A Amazon já mantém um cartão co-branded com o Bradesco no país, e a entrada do NuPay adiciona mais uma via de relacionamento financeiro com a base de usuários da plataforma. Em termos de impacto setorial, o movimento pressiona incumbentes no canal on-line ao oferecer crédito direcionado no ponto de venda, com potencial de redistribuir volumes entre emissores e adquirentes durante o pico sazonal.

A CPFL Energia anunciou, em 6 de novembro de 2025, a assinatura de acordo com a AES Guaíba II Empreendimentos para encerrar um processo arbitral iniciado em 2019. A AES pagou R$210,2 milhões à CPFL e à sua controlada RGE Sul Distribuidora de Energia, quitando todos os pleitos discutidos no processo.

O Welltower opera exclusivamente no setor de ativos imobiliários voltados para a saúde, com foco na convergência entre habitação assistida, cuidados a idosos, atendimento ambulatorial e infraestrutura médica especializada.
A companhia atua como gestora de portfólio imobiliário para operadores terceirizados do setor de cuidados à saúde, operando sob modelos contratuais que preservam sua exposição ao ativo físico, ao mesmo tempo em que transferem o risco operacional dos serviços para seus parceiros operacionais. Acesse o relatório completo a seguir.

Muitas dúvidas surgem em relação aos e-mails de convocação para assembleia enviados pelos fundos imobiliários. Recentemente, o BTG encaminhou uma mensagem aos cotistas do VGIP11 e do VGIR11.
As assembleias são momentos em que o cotista de um FII pode expressar sua opinião sobre determinados temas. Apesar de o gestor ter liberdade para tomar diversas decisões dentro do fundo, algumas precisam ser aprovadas pelos verdadeiros donos: os cotistas.
A grande maioria das assembleias não possui relevância significativa e, nos casos que realmente merecem atenção, nós costumamos avisar nossos assinantes.
É importante saber que não há qualquer prejuízo se você não votar em uma assembleia. O voto é um direito, não uma obrigação.
Portanto, ao receber o próximo e-mail de um FII, não se assuste — trata-se apenas de um procedimento normal desse tipo de investimento.

O HGLG11 concluiu a aquisição de imóveis em Cariacica (ES).
Foram adquiridos dois galpões performados, um módulo em fase de construção e um módulo especulativo.
Os imóveis já construídos estão locados para Arezzo, Whirlpool e Suzano. O módulo em construção já possui contrato de locação firmado com a Arezzo.
O módulo especulativo recebe essa denominação por estar sendo construído sem locatário definido; portanto, o fundo precisará buscar um inquilino.
A região de Cariacica vem apresentando bons indicadores e tem como grande atrativo a proximidade com a capital, Vitória.
Avaliamos a transação de forma positiva, principalmente por contribuir para a diversificação geográfica do HGLG11.

O TEPP11 anunciou várias movimentações!
Em primeiro lugar, o fundo pretende adquirir um novo imóvel localizado na Avenida Paulista. O alvo da aquisição é um prédio corporativo integrado a um shopping, o que atrai bom fluxo para o empreendimento.
Para concluir essa compra, será necessária a realização da 4.ª emissão de cotas do fundo, a qual precisará ser aprovada em assembleia.
Na mesma assembleia, a gestão propôs a aprovação do desdobramento de cotas do fundo na proporção de 1 para 10. Nesse caso, cada cotista receberia mais 9 cotas, e o preço seria dividido por 10.
A aquisição é positiva, mas a proposta de desdobramento nos parece desnecessária, apesar de compreendermos seus motivos.
No geral, trata-se de um fundo de que gostamos bastante e no qual vemos grande potencial de valorização.

O Itaú Unibanco divulgou em 4 de novembro de 2025 um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,9 bilhões no 3º trimestre, avanço de 11% na comparação anual e em linha com a mediana de projeções da Reuters. O ROE consolidado atingiu 23,3% (Brasil em 24,2%), num trimestre marcado por índice de eficiência no Brasil de 37,7%, melhor patamar para um terceiro trimestre. A margem financeira somou R$ 31,4 bilhões, com alta de 10,1% na comparação anual, e o banco revisou para cima o guidance de margem com o mercado em 2025 para R$ 3,0 a R$ 3,5 bilhões, mantendo as demais projeções.
Na qualidade do crédito, a inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 1,9%, enquanto o indicador de 15 a 90 dias subiu para 2,0% principalmente por um único caso corporativo já provisionado; sem esse efeito, os níveis permaneceriam próximos aos do trimestre anterior. A carteira total cresceu 6,4% ano a ano, com destaques em pessoa física e avanço em empresas, e o capital nível I encerrou o período em 14,8%. No comparativo setorial, o banco seguiu à frente de Bradesco e Santander Brasil em rentabilidade no trimestre. O conjunto dos números reforça a tese de execução consistente do Itaú, com eficiência e capital sólidos sustentando prêmio de valuation, ainda que a piora pontual no early delinquency recomende monitoramento.

Na assembleia anual da Tesla nesta quinta-feira, o destaque será o novo pacote de remuneração de US$1 trilhão proposto para Elon Musk. O fundo soberano da Noruega, dono de 1,2% da empresa, anunciou voto contra, alegando o tamanho da premiação e o risco de dependência excessiva do CEO. Ainda assim, o plano deve ser aprovado, já que Musk conta com forte apoio entre acionistas individuais.
Além do pacote, a reunião votará a reeleição de diretores e discutirá o papel da xAI, empresa de inteligência artificial criada por Musk. O executivo, que detém 13% da Tesla, afirmou que precisa manter controle sobre a companhia para seguir expandindo suas ambições tecnológicas — incluindo o desenvolvimento de robôs e IA.

A Unifique Telecomunicações S.A. anunciou, em 1º de novembro de 2025, a aquisição da CCS Telecom por R$70,6 milhões (Equity Value), com pagamento de 30% à vista (R$21,4 milhões), 60% em 36 parcelas corrigidas por IPCA e 10% retido por 60 meses como garantia. A CCS Telecom, com 24.968 acessos de fibra óptica em Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Itapema e Ilhota (SC), opera desde 1990. A transação inclui cláusula de não concorrência de 5 anos e ajustes por receita, dívida e caixa, com fechamento em 1º de novembro.
Adicionalmente, a Unifique adquiriu a carteira de clientes da 3SNET por R$12,4 milhões, com pagamento inicial de R$10,5 milhões (incluindo memorando) e 24 parcelas de R$65.625 corrigidas por IPCA. A 3SNET atende 5.231 clientes em Indaial (SC) desde 2019, com locação de infraestrutura e promessa de compra futura.
A companhia também comprou a carteira da SerraNet por R$4,26 milhões, com 50% à vista e 24 parcelas de R$88.750 corrigidas por IPCA. A SerraNet, com 3.104 acessos em Cambará do Sul e São Francisco de Paula (RS) desde 2016, envolve compartilhamento de rede.
As operações fortalecem a base de fibra óptica em SC e RS, expandem infraestrutura para 5G e TV por assinatura, com cláusulas de não concorrência de 5 anos. Não exigem aprovação societária, conforme Lei das S.A.

A Bunge, líder mundial em soluções para o agronegócio, está negociando a compra da participação de 22% da Trigono Capital na Kepler Weber (KEPL3), empresa brasileira especializada em silos e armazéns agrícolas, conforme reportado pelo O Globo. A Trigono é o maior acionista minoritário da Kepler Weber, com posição consolidada há anos. Caso concretizada, a operação reforçaria a presença da Bunge no ecossistema agroindustrial brasileiro.