No segundo trimestre de 2025, a TSMC reportou receita líquida de US$30,07 bilhões, crescimento de 38,6% em relação ao mesmo período de 2024 e de 17,8% frente ao trimestre anterior. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento da produção de chips de 3 nanômetros (N3) e pela recuperação da demanda em segmentos de alta performance computing (HPC), dispositivos móveis e automotivo.
A margem bruta ficou em 58,6%, ligeiramente acima da média histórica, enquanto o lucro líquido foi de aproximadamente US$9,2 bilhões, alta de 60,7% a/a. O desempenho refletiu a combinação entre maior volume de vendas, ganho de eficiência fabril e diluição de custos fixos em um cenário de utilização elevada de capacidade.
A TSMC destacou que os processos de 3 nanômetros e 5 nanômetros representaram parcela crescente das receitas, acompanhando a demanda por chips voltados a aplicações de inteligência artificial, servidores e smartphones premium. A companhia também observou crescimento em encomendas de clientes globais, o que manteve as linhas de produção avançadas próximas à plena capacidade. Para o terceiro trimestre de 2025, a empresa projeta receita entre US$31,8 bilhões e US$33,0 bilhões e margem bruta entre 55,5% e 57,5%, sinalizando continuidade do patamar atual de rentabilidade, mas com possível efeito de normalização de custos.
No campo estratégico, a TSMC prossegue com o plano de expansão internacional, que inclui a operação da nova fábrica no Arizona (EUA), dedicada a processos de 4 nm e futura migração para 3 nm, além de projetos em andamento no Japão e na Alemanha. A companhia aprovou investimentos de aproximadamente US$15 bilhões em 2025 voltados à ampliação de capacidade e ao desenvolvimento da tecnologia de 2 nanômetros (N2), prevista para produção inicial em 2026.
Apesar do cenário de forte demanda, a empresa adota postura conservadora nas projeções de médio prazo, mencionando fatores como custos mais altos nas novas unidades, volatilidade cambial e incertezas geopolíticas. De forma geral, o resultado do 2T25 indicou continuidade do crescimento e manutenção de margens elevadas, com perspectiva de estabilidade operacional nos próximos trimestres.
Conclusão do analista
A empresa enfrenta riscos, incluindo a intensa competição no setor de semicondutores e as pressões geopolíticas, especialmente em relação à China. Contudo, continua a demonstrar uma capacidade excepcional de adaptação e crescimento. Sua estratégia de manter um balanço patrimonial robusto e investir em inovação tecnológica tem posicionado a empresa para continuar liderando o mercado de semicondutores. Mesmo estando em um patamar de preços com margem de segurança apertada, acreditamos no case para o longo prazo, desta forma, temos a compra das ações da TSMC (TSM).