No segundo trimestre de 2025, a Meta reportou receita total de US$47,5 bilhões, um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado pelo bom desempenho do negócio principal de publicidade digital, que representou cerca de 98% do total (US$46,6 bilhões). O avanço foi sustentado pela melhoria dos algoritmos de recomendação e segmentação baseados em inteligência artificial, que aumentaram a eficiência dos anúncios no Facebook, Instagram e Reels.
A empresa também observou crescimento em sua base de usuários: os usuários ativos diários chegaram a 3,32 bilhões (+6% a/a), e os usuários mensais atingiram 3,98 bilhões, o que reforça a estabilidade da rede global. O ARPU global cresceu cerca de 15% a/a, com maior contribuição das regiões América do Norte e Europa, que permanecem como os mercados de maior rentabilidade.
Os custos e despesas operacionais somaram US$27,1 bilhões, alta de 12% frente ao ano anterior, refletindo maiores investimentos em infraestrutura de data centers, computação de IA e pesquisa e desenvolvimento voltados à integração de novas ferramentas de inteligência artificial e à divisão Reality Labs, responsável pelos projetos de realidade virtual e aumentada.
O lucro operacional alcançou US$20,4 bilhões, com margem operacional de 43%, superior aos 38% do 2T24, resultado da combinação entre expansão de receita e controle de despesas administrativas. O lucro líquido foi de US$18,3 bilhões, aumento de 36% em relação ao ano anterior, e o lucro por ação ficou em US$7,14.
O segmento Family of Apps manteve margens elevadas e crescimento em monetização de vídeo curto e conteúdo patrocinado, enquanto o Reality Labs registrou prejuízo operacional superior a US$4 bilhões, em linha com o plano de investimento da empresa nessa área. A Meta informou que seguirá ampliando sua infraestrutura para modelos de IA generativa e ferramentas de automação publicitária, além de continuar o desenvolvimento do Llama 3 e da assistente Meta AI.
De forma geral, o trimestre mostrou crescimento robusto em receita e lucro, sustentado por alta monetização e expansão da base de usuários, mas com nível elevado de investimento em tecnologia e desafios associados à concorrência em conteúdo de vídeo e pressões regulatórias globais.
Conclusão do analista
O Grupo Meta tem uma estrutura financeira sólida, com crescimento elevado nas receitas desde o IPO em 2012. No entanto, 97,5% das receitas vêm de anúncios, o que traz concentração e pode ser um risco para o investidor, além disos, novas plataformas e mudanças de comportamento dos usuários podem afetar sua principal fonte de receitas. Apesar disso, as ações da Meta têm múltiplos de preço com desconto em comparação aos pares, portanto, temos a recomendação de compra para as ações da empresa.