No 2T25, o JPM reportou lucro líquido de US$15,0 bilhões, queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024, sobre receita managed de US$45,7 bilhões (-10% a/a; -1% t/t). O ROE foi de 18% e o ROTCE de 21%, refletindo rentabilidade ainda elevada no contexto de normalização de margens. O Net Interest Income (NII) apresentou leve alta de 2% ao ano, impulsionado por maior volume de empréstimos, especialmente em cartões, enquanto a receita não-juros ajustada cresceu cerca de 8% ao ano, com recuperação em Investment Banking, Payments e Asset Management. As provisões para crédito totalizaram US$2,85 bilhões, ligeiramente menores que há um ano, com perdas concentradas em crédito ao consumo.
Entre os segmentos, o Commercial & Investment Bank registrou lucro de US$6,7 bilhões (+13% a/a) e receita de US$19,5 bilhões (+9% a/a), apoiado em melhora das emissões de dívida e aumento de receitas em Markets, com destaque para FICC e Equities. O Consumer & Community Banking apresentou lucro de US$5,2 bilhões (+23% a/a), sustentado pelo crescimento do portfólio de cartões e expansão da base digital, enquanto o Asset & Wealth Management obteve receita de US$5,8 bilhões (+10% a/a) e lucro de US$1,5 bilhão, beneficiado por fluxos líquidos positivos e valorização dos ativos sob gestão. O CET1 encerrou o trimestre em 15,0%, e o banco manteve distribuição de capital consistente, com US$3,9 bilhões em dividendos e US$7,1 bilhões em recompras de ações.
No campo estratégico, o JPMorgan segue expandindo sua atuação no varejo internacional, com a integração da Nutmeg à plataforma JPMorgan Personal Investing no Reino Unido, prevista para 2026, voltada ao segmento de investimentos autogeridos (DIY). A instituição também promoveu mudanças na liderança regional, nomeando Conor Hillery e Matthieu Wiltz como co-CEOs da EMEA, em linha com a estratégia de crescimento de longo prazo na região.
De forma geral, o trimestre refletiu estabilidade operacional e disciplina de capital, com tendência de desaceleração em margens financeiras, mas avanço em receitas de serviços e investment banking, sinalizando um ambiente mais equilibrado entre crescimento e preservação de rentabilidade.
Conclusão do analista
O JPMorgan Chase é um banco com receitas diversificadas e fundamentos resilientes que oferece uma ampla gama de serviços financeiros aos seus clientes, principalmente após fusões estratégicas. Embora possua uma carteira de crédito de alta qualidade e diversificada, a sua eficiência é afetada pelos juros mais baixos praticados nos Estados Unidos em comparação com bancos brasileiros, mas seus outros serviços financeiros compensam essa diferença. Para investidores com tolerância aos riscos, recomendamos a compra da ação JPMC34.