A Alphabet Inc. apresentou resultados robustos no segundo trimestre de 2025, impulsionada pela expansão da demanda por soluções em nuvem e aplicações de inteligência artificial. A receita consolidada da companhia atingiu US$96,4 bilhões, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior (13% em moeda constante). O lucro líquido foi de US$18,4 bilhões, com lucro por ação diluído (EPS) de US$2,31 — um avanço anual de 22%, refletindo o aumento da eficiência operacional e o efeito da alavancagem financeira positiva. O principal motor de crescimento segue sendo o segmento de Google Services, que inclui busca, publicidade no YouTube, dispositivos e assinaturas. Essa divisão registrou receita de US$82,5 bilhões, alta de 12% na base anual. Já o Google Cloud alcançou US$13,6 bilhões em receita, representando um crescimento expressivo de 32% ano contra ano. A margem operacional consolidada ficou em 32,4%, impactada positivamente pelo ganho de escala, embora parcialmente compensada por provisões legais relacionadas a litígios. A divisão de nuvem manteve sua trajetória de crescimento acelerado. O negócio de infraestrutura e inteligência artificial do Google Cloud ultrapassou US$50 bilhões em receita anualizada, com aumento substancial na quantidade de contratos bilionários. O número de acordos com valores superiores a US$250 milhões dobrou em relação ao ano anterior, enquanto os contratos acima de US$1 bilhão igualaram o volume total de 2024 apenas nos seis primeiros meses de 2025. O avanço das iniciativas de inteligência artificial foi um destaque importante do trimestre. A empresa expandiu os recursos do \_AI Overviews\_ para mais de 2 bilhões de usuários e ampliou o alcance do \_AI Mode\_ para mais de 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos e na Índia. O aplicativo Gemini, com foco em produtividade assistida por IA, alcançou 450 milhões de usuários mensais, consolidando-se como um dos pilares da estratégia de integração de IA em produtos da Alphabet. O crescimento do YouTube também seguiu consistente, especialmente por meio do YouTube Shorts, que continua atraindo criadores e anunciantes. Em paralelo, a Alphabet manteve investimentos em inovação nos sistemas Android e Chrome, e no avanço da computação móvel. A companhia anunciou um plano de investimento de capital (CapEx) mais agressivo para 2025, estimado em US$85 bilhões, voltado à expansão de data centers otimizados para IA e à ampliação da infraestrutura global de nuvem. Trata-se de um aumento relevante frente aos US$52,5 bilhões investidos em 2024, evidenciando o compromisso com a liderança em tecnologias de próxima geração. Na divisão “Other Bets”, a subsidiária Waymo ampliou suas operações de mobilidade autônoma para quatro grandes cidades norte-americanas e ultrapassou a marca de 100 milhões de milhas rodadas em modo totalmente autônomo. A empresa também lançou novas funcionalidades voltadas a usuários adolescentes, fortalecendo sua proposta de valor familiar. Apesar dos resultados positivos, a Alphabet segue sob pressão regulatória, com destaque para o processo antitruste movido pelo Departamento de Justiça dos EUA, além de críticas relacionadas à governança e à concentração de poder nos seus ecossistemas digitais. Ainda assim, a empresa encerrou o trimestre com um fluxo de caixa livre de US$5,3 bilhões e caixa total acima de US$110 bilhões, reforçando sua posição de liquidez e capacidade de reinvestimento.