No segundo trimestre fiscal de 2025, encerrado em fevereiro, a Costco apresentou desempenho sólido, com vendas líquidas de US$62,53 bilhões, crescimento de 9,1% sobre o mesmo período do ano anterior. As vendas comparáveis ajustadas subiram 6,8%, impulsionadas por forte expansão no comércio eletrônico, que avançou 20,9% no trimestre.
O bom momento se manteve nos meses seguintes. Em junho, a rede registrou vendas de US$26,44 bilhões, alta de 5,8% nas vendas comparáveis. Já em julho, o faturamento atingiu US$20,89 bilhões, avanço de 8,5% na base anual. No acumulado das 48 semanas do ano fiscal, o crescimento chegou a 8,1%, com destaque para o e-commerce, que subiu 15,1%.
A estratégia de expansão física permanece robusta. Em agosto, a companhia inaugurou sete novos armazéns — quatro nos Estados Unidos (Flórida, Washington, Texas e Nevada) e três no Canadá e no México — reforçando o ritmo anual de cerca de 30 novas unidades. Entre os projetos em andamento, destaca-se a construção de um armazém em Celina, Texas, com investimento estimado em US$18,5 milhões e inauguração prevista para novembro de 2026.
A empresa também retomou benefícios exclusivos para membros do plano Executivo: desde junho, esses clientes têm acesso às lojas a partir das 9h, uma hora antes da abertura geral, e recebem créditos mensais de US$10 em compras acima de US$150 realizadas pela plataforma online.
No segmento de alimentação, a Costco iniciou a substituição gradual dos refrigerantes Pepsi pelos produtos Coca-Cola nos food courts, encerrando uma parceria de 12 anos. A mudança deve ser concluída até o outono de 2025.
Outra frente de crescimento está na diversificação de sortimento. Produtos como celulares, cartões-presente de plataformas como DoorDash e Uber, e lançamentos exclusivos — como a linha de cafés cold brew assinada por Robert Downey Jr., vendida inicialmente apenas no Texas — vêm fortalecendo o tráfego e o ticket médio, mesmo em um ambiente de consumo mais seletivo.
Conclusão do analista
A Costco possui um modelo de negócios interessante, baseado em um produto de recorrência de assinatura que permite apenas aos seus assinantes comprarem em suas lojas. Nos últimos dez anos, a empresa apresentou um crescimento de receitas e lucros acima da média. No entanto, a margem de lucro é apertada, o que é comum no setor de varejo, e atualmente o preço das ações não oferece uma assimetria favorável entre risco e retorno para o investidor. Por isso, decidimos não investir nas ações da empresa, mas continuaremos a monitorá-la.