O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai elevar de 10% para 50% as tarifas sobre produtos importados do Brasil, a partir de 1º de agosto de 2025. A medida foi comunicada via rede social e por meio de uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando como justificativa restrições à liberdade de expressão à atuação de empresas tecnológicas americanas no Brasil, além de práticas comerciais não sustentáveis.
Os setores mais impactados por essa tarifa serão: siderurgia, proteínas, celulose e bens industriais. Empresas brasileiras com forte presença exportadora nos EUA, como Gerdau (aço) e WEG (equipamentos industriais), devem sofrer efeitos diretos e relevantes no comércio bilateral. Também esperamos que o dólar se valorize, se essa medida for adiante.
No entanto, essa não é a primeira vez que Trump anuncia tarifas elevadas sem fundamentos estritamente econômicos. Em outras ocasiões, ele usou anúncios de tarifas como alavanca política para pressionar países, visando negociar termos comerciais mais favoráveis aos EUA posteriormente — uma estratégia que busca agregar valor de barganha nas negociações futuras, mais do que refletir desequilíbrio econômico real.
O AFHI11 passou os últimos meses aproveitando a taxa de juros elevada para comprar dívidas com melhor rentabilidade.
Os CRIs atrelados à inflação estão oferecendo taxas muito favoráveis no longo prazo e sem um componente de risco tão elevado. No ano passado, a carteira do fundo apresentava uma rentabilidade média de IPCA + 7,87% ao ano, enquanto hoje esse valor subiu para IPCA + 8,52% a.a.
A gestão comunicou que já se considera satisfeita com esse movimento e que, agora, voltará sua atenção às dívidas ligadas ao CDI.
Nos próximos meses, devemos ver o AFHI11 adquirindo CRIs atrelados ao CDI, com o objetivo de aproveitar a Selic elevada.
Essa leitura de cenário é muito importante na geração de valor para os cotistas.
O Banrisul está enfrentando pressão devido à renegociação do contrato da folha de pagamento dos servidores do Rio Grande do Sul, um ativo estratégico que representa cerca de um terço da origem de crédito consignado do banco. O governo estadual exige um valor mínimo de R$ 1,2 bilhão para renovação — o mesmo pago em 2016 —, apesar da diminuição do valor econômico desse contrato, em função da maior concorrência e da evolução do open finance.
A possibilidade de não renovação preocupa o mercado, pois afetaria diretamente a geração de crédito e a rentabilidade do banco. Além disso, uma nova aquisição por R$ 1,2 bilhão reduziria o índice de capital principal de 12,8% para aproximadamente 11%, o que comprometeria a estrutura de capital. O valor exigido equivale a cerca de 25% do valor de mercado atual do banco, que já opera com forte desconto, negociando a 0,45x o valor patrimonial e com ROE de apenas 9%.
O Banrisul informou que está analisando a proposta formalmente, e qualquer decisão será divulgada por fato relevante. A situação adiciona incerteza relevante ao papel, com impacto direto sobre valuation e perspectivas futuras.
O BRCO11 anunciou uma nova locação em seu portfólio.
Os Correios vão substituir as Americanas no Bresco Contagem, em Minas Gerais. O aluguel do novo inquilino é 29,4% superior ao do anterior, e o contrato terá duração de cinco anos.
Livrar-se das Americanas é uma boa notícia para o fundo, dados os graves problemas financeiros da empresa. No entanto, os Correios também não estão em situação confortável.
Em 2024, os Correios registraram um prejuízo de R$2,6 bilhões, o maior de sua história.
Vale acompanhar de perto essa situação. 👀
O Prime Day 2025 da Amazon será o maior da história, com duração de quatro dias, dobrando o tempo do ano passado. A empresa aposta em um evento estendido para estimular as compras antes do possível impacto das novas tarifas e enfrentar a pressão inflacionária, usando tecnologia avançada, logística eficiente e ofertas adicionais em viagens, gasolina e parceiros. As projeções indicam um volume bruto de mercadorias em torno de 21 bilhões de dólares, representando cerca de 10% do GMV do terceiro trimestre. Apesar do potencial de fortalecer a base de clientes Prime e aumentar o faturamento, existe o risco de diluir a urgência de compra e pressionar margens no curto prazo.
Assim como nós, o mercado segue confiante no potencial de valorização das ações da Eletrobras, mas tem reforçado um ponto de atenção importante: os dividendos devem continuar modestos no curto prazo. A companhia está priorizando sua estratégia de desalavancagem, reduzindo o endividamento antes de ampliar a distribuição de lucros aos acionistas.
Apesar disso, o cenário de longo prazo é mais otimista. A expectativa é que, a partir de 2030, a empresa tenha uma geração de caixa mais sólida, permitindo o pagamento de dividendos mais expressivos. Estimativas apontam para um dividend yield de 19,8%, à medida que a estrutura financeira se estabiliza.
A tese de investimento na Eletrobras tem se apoiado na melhora estrutural promovida desde a privatização: redução de riscos, venda de ativos não estratégicos e avanços na governança corporativa. No entanto, o valuation da companhia segue sensível à precificação de energia no longo prazo, com o mercado adotando como referência um preço de equilíbrio próximo de R$187/MWh.
Em resumo, trata-se de uma empresa com fundamentos de longo prazo, cujo retorno total ao acionista tende a ser mais relevante nos próximos anos.
Como de costume, o fechamento de semestre nos fundos imobiliários é marcado por grandes dividendos.
O HGRU11 anunciou R$1,55/cota, e o HGRE11, R$2,55/cota.
Como os fundos precisam distribuir 95% do lucro auferido dentro do semestre, é comum, nos meses de junho e dezembro, o anúncio de rendimentos extraordinários.
Os pagamentos são feitos em julho e janeiro; portanto, se você investe em FIIs, acostume-se com o bolso cheio nesses meses.
Atualizamos o relatório do HGRU11 e só temos boas notícias.
O fundo continua sendo uma opção sólida dentro do mercado de FIIs, especialmente pela estabilidade e previsibilidade de seus dividendos.
Desde janeiro de 2024, foram realizadas 39 aquisições e 6 vendas de imóveis. As alienações permitiram ao fundo gerar um ótimo ganho de capital, que está sendo distribuído gradualmente aos cotistas.
Outro ponto positivo é o reajuste de boa parte dos contratos neste segundo semestre, o que deve impulsionar a renda do fundo em 2026.
Com quase 0% de vacância, bons dividendos e contratos de longo prazo, o HGRU11 reúne as características ideais para os investidores. Seu preço pode não ser o mais descontado, mas sua segurança é o grande diferencial.
No início de julho de 2025, o rally das ações — até então impulsionado pelas gigantes da tecnologia — passou a englobar setores mais amplos, como materiais, financeiros e energia. O S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos recordes com o suporte de valores cíclicos e small caps, especialmente o Russell 2000, que registrou ganhos expressivos.
O segmento de consumo discricionário, que caiu cerca de 4,2% no primeiro semestre, pode estar prestes a reverter o desempenho negativo. O índice equal-weighted desse setor evoluiu +2,5%, sugerindo força entre nomes menores, apesar da queda da Tesla puxar o índice ponderado para baixo.
Vários elementos entram em cena: melhora do sentimento do consumidor após forte criação de empregos em junho (+147 mil; desemprego em queda), inflação mais controlada, queda nos preços do petróleo e perspectivas de cortes nas taxas de juros no final do ano. Contudo, persistem riscos relacionados as incertezas nas tarifas comerciais e política comercial dos EUA.
As ações caíram na Ásia nesta segunda-feira, refletindo a incerteza em torno da nova política tarifária dos EUA e a queda nos preços do petróleo. O presidente Donald Trump sinalizou um possível adiamento nas tarifas, mas sem detalhes claros, aumentando a confusão entre os parceiros comerciais. A expectativa é que acordos sejam fechados até 9 de julho, com tarifas mais altas entrando em vigor em 1º de agosto, podendo chegar a 70% ou mais para países alinhados ao BRICS.
A reação do mercado foi cautelosa: os futuros dos principais índices americanos recuaram, assim como os mercados europeus. O dólar apresentou movimento misto, enquanto os títulos do Tesouro americano se valorizaram como ativos de proteção. O cenário reforça preocupações sobre impactos negativos no crescimento global e riscos adicionais de inflação, podendo afetar empresas exportadoras e setores sensíveis a tarifas já no curto prazo.
Ações
EGIE3: Após uma boa valorização das ações nas últimas semanas, decidimos reavaliar sua nota de preço, o que resultou em queda no Ranking. Contudo, reforçamos sua boa qualidade e excelente gestão. Em nossa última reunião com a diretoria, entendemos melhor sobre suas perspectivas futuras.
ALUP11: Apenas pelo critério de preço, as ações da Alupar caíram no Ranking.
BBDC4: Reavaliamos o Bradesco e entendemos que sua recuperação está indo na direção correta. Diante disso, aumentamos sua nota em rentabilidade e dividendos. Por outro lado, diante da valorização da sua ação, a instituição acabou perdendo algumas posições no Ranking.
XPBR31: Apesar da característica sustentável de seu modelo de negócio, o preço de suas ações não reflete as condições mais atrativas do setor e não encontramos margem de segurança no momento.
BRBI11: Com boa capacidade de pagar dividendos e com o preço de tela em linha com o valor justo, mesmo com nossa margem de segurança, o BR Partners segue com recomendação de compra. Portanto, seguimos com a recomendação
FIIs:
TEPP11: O TEPP11 distribuirá seu último dividendo não recorrente neste mês, dessa forma a expectativa é que em agosto o rendimento do fundo seja de R$0,74/cota. A cotação do fundo já começou a cair em um movimento completamente irracional. O TEPP11 é o fundo de lajes corporativas com melhor resultado e que mesmo pagando R$0,74/cota, ainda gera quase 1% de yield mensal. É importante deixá-lo no radar caso mais movimentos irracionais aconteçam.
BBFO11: Seguimos acreditando na tese dos FOFs para o momento de recuperação do mercado. Enquanto a alta taxa Selic impede a valorização das cotas, ganhamos 1,10% a 1,2% ao mês com esse fundo.
KNRI11 e HGRU11: As quedas foram motivadas por questões de preço.
Ativos Globais:
TSLA: A Tesla divulgou resultados abaixo do esperado recentemente, pressionada pela concorrência cada vez mais forte das montadoras chinesas. Isso derrubou o preço de suas ações recentemente, tornando seu valuation um pouco mais atrativo, subindo posições no ranking de stocks. Ainda assim, a empresa segue com um perfil de risco-retorno que não oferece segurança ao investidor neste momento.
PLD: O Prologis continua apresentando resultados sólidos e em crescimento, mesmo diante de um cenário de juros elevados. A empresa se beneficia da demanda consistente por galpões logísticos e mantém uma taxa de ocupação elevada, o que sustenta seus fundamentos. Por conta disso, as ações seguem recomendadas. Já o ranking de REITs não sofreu alterações essa semana.
A OPEC+ surpreendeu o mercado ao anunciar um aumento acelerado na produção de petróleo, medida que deve ampliar o excesso de oferta global e pressionar os preços no segundo semestre. A decisão atende aos interesses do presidente dos EUA, Donald Trump, que busca combustíveis mais baratos para conter a inflação e reduzir o custo de vida.
Apesar de o mercado ainda mostrar sinais de escassez no curto prazo, nos próximos meses, o cenário pode mudar, resultando em queda de preços — com previsões apontando valores próximos de 60 dólares. A medida favorece consumidores, mas prejudica produtores, incluindo gigantes americanos e países como a Arábia Saudita, que depende de preços mais altos para equilibrar seu orçamento. Para empresas como Chevron e ExxonMobil, isso pode significar margens menores e redução no ritmo de novos investimentos no curto prazo.
O Prologis continua apresentando resultados sólidos e em crescimento, mesmo diante de um cenário de juros elevados. A empresa se beneficia da demanda consistente por galpões logísticos e mantém uma taxa de ocupação elevada, o que sustenta seus fundamentos. Clique no documento para conferir o relatório completo.
O secretário do Tesouro dos EUA confirmou que as tarifas anunciadas por Trump serão adiadas e entrarão em vigor em 1º de agosto, com objetivo de ganhar tempo para fechar acordos bilaterais. Essa incerteza pode pressionar o mercado ao elevar a aversão ao risco, afetar expectativas de crescimento global e aumentar a volatilidade. Além disso, investidores ficam mais cautelosos com setores exportadores e empresas mais expostas ao comércio internacional.
Inovação, rentabilidade e sustentabilidade no agro! Com perspectivas favoráveis para o setor e sólida execução estratégica, a ação da TTEN3 está novamente com recomendação de compra, oferecendo bom potencial de valorização e geração de valor aos acionistas. Confira nosso relatório atualizado!
Os investimentos têm duas funções bem determinadas: proteção contra a inflação e multiplicação de capital.
A compra de títulos do tipo IPCA+ ajuda o investidor a atingir esses dois objetivos, pois, além de prometer a correção do capital, entrega um prêmio sobre ele. Entretanto, principalmente quando falamos em títulos do Tesouro Direto, alguns problemas surgem.
Muitos investidores têm dificuldade em identificar qual o melhor título entre as diversas opções disponíveis. Além disso, os títulos IPCA+, especialmente os de prazo mais longo, apresentam uma volatilidade superior à de produtos de renda variável.
No mercado, temos a figura do IMA-B5, um índice que representa uma carteira teórica de títulos públicos de curto prazo atrelados à inflação. Seu histórico de rentabilidade é muito atrativo e, o mais importante, sua volatilidade é bastante controlada.
Neste relatório, apresentamos tudo o que você precisa saber sobre o IMA-B5, destacando a melhor forma de se expor a ele.
O XPLG11 pretende adicionar mais 380 mil m² ao seu portfólio em uma negociação superior a R$1 bilhão.
Já foi assinado o contrato de intenção para a aquisição dos seis galpões do RBRL11 e dos dois do RDLI11. O negócio ainda depende do cumprimento de algumas condições e tem previsão de ser concretizado em setembro de 2025.
A rentabilidade dos ativos-alvo é bastante atrativa, apesar de o preço a ser pago pelo XPLG11 não ser considerado barato. Vemos mais benefícios para a geração de renda do fundo do que para um eventual giro em busca de lucros não recorrentes.
O portfólio do XPLG11, após a aquisição, contará com 83 locatários diferentes, tendo o Mercado Livre como principal inquilino. A concentração no estado de São Paulo, que atualmente é de 45%, subirá para 53%.
Seguiremos acompanhando o desfecho dessa operação e, caso surjam novidades, voltaremos a informá-los.
A renda do TEPP11 vai cair!
Mas não se assuste — não se trata de nenhum problema com o fundo. Pelo contrário, é apenas um movimento natural, já que o patamar de R$0,95/cota estava sendo sustentado por lucros não recorrentes.
A partir do próximo mês, a expectativa é de um dividendo de R$0,74/cota. Com base na última cotação do fundo, o yield esperado é de 0,92%, patamar ainda muito bom para um FII de tijolo.
A gestão do TEPP11 vendeu um imóvel, gerando lucro para seus cotistas, e agora seguirá pagando um bom dividendo, que reflete a vacância zerada do fundo. A Tellus merece muitos elogios pelo trabalho realizado à frente do fundo.
O VGIP11 pagou o maior dividendo de sua história, no valor de R$1,98/cota!
Tanto em nossos relatórios quanto nas lives tira-dúvidas do Instagram, reforçamos nossa expectativa de boa geração de rendimentos dos FIIs de papel após a inflação elevada de fevereiro.
A maioria dos FIIs de papel demorou dois meses para destravar esse ganho, enquanto o VGIP11 esperou um pouco mais.
É importante entender que essa é a dinâmica natural dos fundos de papel. Seu dividendo apresenta volatilidade em razão da variação mensal da inflação. Por isso, o investidor não deve assumir que este é o novo patamar de distribuição do fundo.
A distribuição estimada para o fundo é de 13% a 14% ao ano, o que, de acordo com os preços de hoje, representa um dividendo entre R$0,90/cota e R$0,96/cota.
A Microsoft apresentou uma ferramenta médica baseada em inteligência artificial que, segundo a empresa, é quatro vezes mais eficaz do que médicos humanos em certos tipos de diagnóstico. A tecnologia foi desenvolvida para ajudar na detecção precoce de doenças e melhorar a precisão dos tratamentos, representando um passo importante na transformação da medicina. A empresa acredita que a IA pode reduzir erros, acelerar atendimentos e democratizar o acesso a diagnósticos de qualidade em regiões carentes.
A novidade faz parte do esforço contínuo da Microsoft para expandir sua presença no setor de saúde, combinando grandes modelos de linguagem com bancos de dados clínicos. A companhia também destacou que o sistema foi testado em diferentes cenários e mostrou desempenho superior em identificar condições complexas. Apesar do entusiasmo, especialistas do setor alertam que a supervisão médica continua essencial e que a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, não um substituto completo para profissionais de saúde.