A WEG encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultados sólidos, demonstrando mais uma vez sua capacidade de adaptação em um ambiente desafiador. A receita operacional líquida somou R$ 10,27 bilhões, alta de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, sustentada pelo bom desempenho das divisões de Equipamentos Industriais, Motores Comerciais e Tintas, tanto no Brasil quanto no exterior. Mesmo com a desaceleração de alguns segmentos de energia eólica e solar, a companhia manteve o ritmo de expansão, evidenciando a força de seu modelo de negócios diversificado.
O lucro líquido atingiu R$ 1,65 bilhão, crescimento de 4,5% sobre o 3T24, com margem líquida de 16,1%, ligeiramente superior à do trimestre anterior. Já o EBITDA totalizou R$ 2,28 bilhões, avanço de 2,3% na base anual, com margem EBITDA de 22,2%. Esses números refletem uma gestão eficiente de custos e o foco contínuo em produtividade, fatores que têm permitido à WEG sustentar margens elevadas mesmo em períodos de menor crescimento global.
O mercado interno cresceu 3,1% em comparação ao 3T24, com destaque para a retomada dos investimentos em motores industriais, óleo e gás e transmissão de energia. No mercado externo, a receita avançou 4,9% em reais e 6,8% em dólares, impulsionada pelo desempenho da Europa (+17,9%) e da América do Sul (+8,1%).
Entre as áreas de negócio, Equipamentos Industriais (EEI) foi o destaque do trimestre, com alta de 11% no Brasil e 6,6% no exterior, sustentada pela demanda de motores de alta tensão e automação. A divisão de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) teve leve retração no mercado doméstico (-6,8%) devido à ausência de novos projetos eólicos, mas compensou com bom desempenho nos Estados Unidos. Já o segmento de Motores Comerciais e Appliance (MCA) registrou crescimento de 8,6% no Brasil e 16,9% no exterior, enquanto Tintas e Vernizes manteve expansão de dois dígitos, impulsionada pela operação mexicana.
A empresa também manteve forte geração de caixa operacional, que somou R$ 4,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, e investiu R$ 2,0 bilhões em capex, distribuídos entre unidades no Brasil, México e China. O endividamento líquido permaneceu negativo, com posição de caixa líquido de R$ 3,44 bilhões, reforçando a solidez financeira e a flexibilidade da companhia para sustentar sua agenda de crescimento e inovação.
Conclusão do Analista
A WEG é uma empresa sólida, com altos investimentos, estrutura de capital flexível e capacidade de geração de caixa. Ela se mantém à frente das tendências do mercado e cresce tanto por meio de aquisições e fusões quanto por crescimento orgânico. Apesar de todos esses fatores positivos, o preço das ações WEGE3 não é o suficiente para recomendar a compra.