Bom dia, Rico Mortal!
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Suzano
SUZB3
Suzano
SUZB3
7.9
de 10
Nota do
Analista
Posição no Ranking:
51
Setor:
Papel e Celulose
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Resumo do ativo

A Suzano é uma das maiores empresas atuando verticalmente integrada na fabricação de papel e celulose da América Latina e a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.
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Qualidade
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Qualidade: Analisa diversos aspectos do ativo como Setor, Governança, Segurança, Lucratividade, etc.
Crescimento
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Crescimento: Analisa quanto a empresa cresceu até hoje e suas tendências futuras.
Dividendos
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Dividendos: Analisa a quantidade, recorrência e potencial dos dividendos.
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Preço: Analisa o quão barato está esse ativo.

Última atualização

09/07/2024
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NOVIDADE
O 2T25 foi marcado por forte expansão de volumes e melhora operacional da Suzano, mas em um ambiente de preços pressionados para a celulose. A companhia conseguiu entregar recorde de vendas, muito por conta da intensificação do projeto Ribas do Rio Pardo, que adicionou capacidade relevante e diluiu custos fixos. Essa maior oferta permitiu crescimento de 23% t/t e 28% a/a em volumes de celulose, e 5% t/t e 24% a/a em papel, impulsionando a receita líquida para R$13,3 bilhões (+15% t/t; +16% a/a). O contraponto foi a queda do preço médio líquido de celulose, que ficou estável em US$555/t, mas abaixo do patamar histórico, refletindo excesso de oferta global e negociações pontuais abaixo de US$500/t na China. A consequência foi compressão de margens quando comparado a 2024, ainda que o volume elevado tenha sustentado crescimento da receita. Do lado de custos, o trimestre marcou um ponto de inflexão positivo. O custo caixa sem paradas recuou para R$832/t, queda de 3% t/t, resultado de maior diluição de fixos, menores preços de químicos e energia, e melhor mix de fábricas. Isso amenizou pressões vindas da logística e do câmbio, sinalizando que a tendência para os próximos trimestres é de redução gradual de custo. Esse alívio de custos foi determinante para que o EBITDA ajustado subisse 25% t/t, para R$6,1 bilhões, ainda que ficasse 3% abaixo do ano anterior pela menor realização de preços. A margem EBITDA se manteve em 46%, 9 p.p. inferior ao 2T24, refletindo o impacto estrutural do cenário de preços deprimidos. No papel, o desempenho também foi positivo em volumes, com destaque para o mercado interno, que absorveu 235 mil toneladas (+6% t/t). Contudo, o preço médio de exportação caiu com a valorização do real e maior peso de regiões de menor preço, como a América Latina. Essa combinação levou o EBITDA do segmento a R$709 milhões, avanço de 16% t/t, mas queda de 5% a/a. A consequência prática é que o segmento papel segue sendo amortecedor de volatilidade de celulose, mas não gera margem adicional quando há apreciação cambial. O lucro líquido alcançou R$5,0 bilhões, recuo em relação ao 1T25, explicado por menor efeito positivo de variação cambial e maiores despesas operacionais, mas ainda superior ao mesmo período de 2024 devido a resultado financeiro favorável com a desvalorização do dólar de fechamento. Esse resultado mostra a relevância da política de hedge, que suaviza oscilações cambiais e protege a geração de caixa. A consequência é maior previsibilidade, mesmo em um trimestre de preços globais adversos. O ROE do período ficou em 12%, queda de 1,1 p.p. a/a, em linha com a compressão de margens e maiores despesas financeiras. Já o ROIC UDM atingiu 13,1%, avanço de 1,7 p.p. a/a, refletindo o impacto positivo do maior giro de ativos com Ribas do Rio Pardo e disciplina na alocação de capital. A leitura aqui é que, mesmo com menor retorno ao acionista no curto prazo (ROE), a companhia conseguiu aumentar sua eficiência operacional no uso dos ativos (ROIC), o que sugere sustentabilidade no médio prazo. A geração de caixa foi outro ponto forte. O fluxo de caixa livre ajustado atingiu R$2,6 bilhões, com FCF yield UDM de 20,3%. Isso mostra que a Suzano consegue gerar caixa robusto mesmo em cenário de margens pressionadas, o que abre espaço para desalavancagem. A dívida líquida ficou em R$70,8 bilhões, com alavancagem de 3,0x em reais e 3,1x em dólares, praticamente estável, e caixa de R$20,8 bilhões garantindo liquidez confortável. Do ponto de vista estratégico, a joint venture com a Kimberly-Clark (US$1,7 bilhões e fechamento previsto para 2026) abre caminho para diversificação de portfólio com maior presença em tissue, um segmento mais resiliente e menos cíclico. Essa iniciativa tem como consequência a redução da dependência de preços internacionais de celulose e maior exposição a bens de consumo, mitigando parte da volatilidade do negócio. O cenário externo, contudo, ainda é desafiador. A combinação de excesso de oferta global, tarifas comerciais e demanda mais fraca na China pressiona preços, e a consequência é que a recuperação de margens ainda dependerá da recomposição da demanda global e de ajustes de oferta no setor. Enquanto isso, a queda de custos e a disciplina financeira serão fundamentais para sustentar a geração de valor no curto prazo. Em resumo, a Suzano entregou resultados sólidos em volumes e geração de caixa, mas ainda sente os efeitos de um ciclo de preços baixos da celulose, o que se reflete em margens mais apertadas e ROE mais baixo. Por outro lado, o aumento do ROIC indica que a empresa está operando seus ativos com maior eficiência e posicionada para capturar ganhos assim que os preços globais se normalizarem. A consequência provável é uma trajetória de médio prazo positiva, desde que a pressão sobre preços seja aliviada e a estratégia de diversificação avance conforme previsto.

Conclusão do Analista

A Suzano é referência no setor de papel e celulose, operando com uma escala de operação enorme, o que torna seu custo unitário de produção baixo. Por isso, a empresa tende a ser mais lucrativa do que competidoras. Investir nessas ações pode trazer descorrelação à carteira de investimentos, devido à proteção cambial. Contudo, falta margem de segurança no seu preço, nos afastando da recomendação de compra para SUZB3.
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Gabriel Bassotto
Analista de Ações
Verificado
Certificado CNPI

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