A Grendene encerrou o segundo trimestre de 2025 com resultados sólidos e consistentes, demonstrando resiliência em um ambiente macroeconômico ainda desafiador. A receita líquida totalizou R$ 555 milhões, avanço de 15,6% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionada pelo aumento do ticket médio e pelo foco em produtos de maior valor agregado. Mesmo com volumes estáveis, a empresa manteve margens elevadas graças à estratégia de precificação eficiente e ao controle rigoroso de custos.
O lucro bruto atingiu R$ 233 milhões, com margem bruta de 42%, em linha com o ano anterior. O EBITDA somou R$ 71 milhões, crescimento de cerca de 70%, com margem de 13%, influenciado por um efeito não recorrente positivo — sem ele, o EBITDA teria recuado 11% frente ao 2T24. O lucro líquido saltou para R$ 143 milhões, ante apenas R$ 4 milhões no mesmo trimestre de 2024, refletindo tanto o ganho não recorrente quanto o resultado financeiro robusto, sustentado pelos juros elevados.
No mercado interno, as vendas cresceram 13%, impulsionadas pelo fortalecimento das marcas principais e pela expansão dos canais digitais. A Melissa foi o destaque, com crescimento expressivo nas lojas físicas e online, impulsionado por novas colaborações e campanhas de marketing voltadas ao público jovem. No mercado externo, as exportações somaram US$ 32 milhões, aumento de 73%, beneficiadas pela valorização do dólar e maior presença em mercados estratégicos.
A empresa encerrou o trimestre com caixa líquido de R$ 1,8 bilhão e geração de caixa operacional de R$ 180 milhões, reforçando sua solidez financeira e capacidade de manter uma política consistente de distribuição de dividendos.
Conclusão do Analista
A Grendene é uma empresa bem-sucedida no mercado de varejo, especialmente no nicho de moda. No entanto, o mercado é extremamente competitivo e não oferece vantagens competitivas relevantes. Por isso, não recomendamos investir na GRND3. É preciso manter a qualidade para se manter no topo e se destacar entre as melhores marcas.